sábado, junho 30, 2007

Enfermeiros Cirurgiões


Na Escócia, os Enfermeiros fazem pequenas cirurgias, e avaliar pela satisfação de todos (inclusivé dos próprios cirurgiões), estão a ter muito sucesso.

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"'Super-nurses' take up scalpels

The first nurses in Scotland able to perform surgery have begun work in operating theatres in Glasgow.
The five "super-nurses" are carrying out minor operations, such as removing moles and fatty lumps.
They will be operating in units specialising in plastic surgery and dermatology at Glasgow Royal Infirmary and Canniesburn Hospital.
NHS Greater Glasgow introduced the nurse practitioners in an effort to tackle waiting lists.
Patients are warned they will be treated by a nurse instead of a doctor, although a spokesperson said none had objected so far.

"I have every confidence in their ability to provide a first class minor surgical procedures service"
John ScottPlastic - Surgeon

The team recently passed a degree-level course at Glasgow Caledonian University in minor surgery, which is said to be first course of its kind in Scotland.
Margaret Smith, director of nursing for North Glasgow Hospitals, said: "Nurse practitioners are already working in many different specialties.
"This training will not only unlock the potential of our nursing staff but patients will benefit through reduced waiting times. This is where we truly see the value of a quality-assured education process."
Plastic surgeon John Scott added: "All the nurses have excelled. I have every confidence in their ability to provide a first class minor surgical procedures service."
"


Fonte: BBC News/Scotland

sexta-feira, junho 29, 2007

Sermão aos peixes...


O sr. bastonário da Ordem dos Médicos continua a sua saga de desvalorização do trabalho dos Enfermeiros. Mas não é só! Mantém os seus sermões demagógicos que já nem convençem os "peixinhos", quanto mais a população...
Numa entrevista ao Semanário Económico, o sr. bastonário brilhou mais uma vez, só não lhe vejo o fato de lantejoulas! E porque o nome dos Enfermeiros estão envolvidos na sua lenga-lenga habitual, deixo-vos pequenos trechos da entrevista para julgarem por vós próprios, pois eu já nem quero desperdiçar tempo com este homem:

"(...) depois da acção de reforma [dos SAP e Urgências] não tem lá um médico com um estetoscópio, mas um enfermeiro com o telefone ao lado (...)"

"(...) Quanto ao serviço Saúde 24. É fiável?
A última informação que tive, é que já nem enfermeiros tinha, mas umas pessoas que atendiam os telefones. A ordem dos enfermeiros protestou e agora estão a contratar enfermeiros e a retirar as pessoas sem formação que estavam a atender os telefonemas. Quando uma pessoa está doente precisa é de um médico, nem que seja para diagnósticar que não tem nada. (...)"

"(...) os médicos deviam ter uma remuneração base de acordo com a sua necessidade (...)"

"(...) os médicos são miseravelmente remunerados (...)"

"(...) a gestão na saúde devia ser dos médicos. (...)"

Bom, quem quiser mais uns minutos de diversão, é só ler a entrevista para a qual deixei um link em cima. Com algum desgosto meu, conclui-se que o sr. bastonário é um homem desinformado, pois se não sabe, eu digo-lhe que a linha saúde 24 tinha inicialmente 260 Enfermeiros e agora tem 310 profissionais de Enfermagem ao seu serviço (quem quiser, pode ler o artigo do Jornal de Negócios "Saúde 24: dois meses de actividade com balanço positivo").
É possível concluir também, que para este senhor a saúde é só de médicos, com médicos, para médicos, enfim, médicos, médicos, médicos, médicos......

quinta-feira, junho 28, 2007

Ambulância de Suporte Imediato de Vida

Foto de .dExTeR.


Fui "desafiado" (no bom sentido) pelo respeitável amigo Paulo Ferreira, do blogue O Renascer da Cinzas, a discutir esta questão das URSIV. Com todo o gosto, estou aberto a discussões saudáveis.

O meu comentário ao post que vem transcrito a seguir (da autoria do TAS Paulo Ferreira), é simples: não concordo com nada do que diz. Os principais pontos de discórdia são os que estão assinalados e escritos por mim a vermelho (já agora, só para repôr a verdade dos factos, o ministro da saúde é o Dr. Correia de Campos):

"O ministro Ferreira Campos, veio inventar um novo tipo de ambulância (não foi inventada pelo sr. minitro, lá fora já existem há muito tempo em moldes semelhantes), “Ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) ”, um tipo de ambulância que nem existe no decreto-lei que rege o transporte de doentes. As tripulações SIV serão constituídas somente por um Enfermeiro e um TAE, técnico de emergência médica, reconhecido legalmente por TAS, Tripulante de Ambulância de Socorro. Essa viatura ira custar cerca de 7000 mil euros mensalmente aos contribuintes, somente em ordenados, fora os subsídios, consumíveis, veiculo etc.
Iram ser criadas onde o Ministro andou a fechar Urgências, uma maneira inteligente para calar o povo, mas nas Cidades de Lisboa, Porto e Coimbra também foram contempladas com esse tipo de viaturas, o que mostra alguns interesses pessoais, políticos e de organizações por de traz do projecto das SIV, porque nestas cidades não existem falta de meios de socorro nem de unidades de saúdes. As SIV não passam de uma simples ambulância de socorro, iguais a muitas outras existentes pelo país fora, porque para qualquer profissional entendido na matéria no Pré-Hospitalar, reconhece que um TAS e ou Enfermeiro são insuficientes tecnicamente nas maiorias das situações de emergência (o Enfermeiro é um profissional perfeitamente suficiente na emergência por razões quem nem vale a pena referir...), toda a gente sabe disso (??), até o Ministro Ferreira Campos sabe disso, para se proteger adicionou no projecto das SIV umas linhas interessantes: … As ambulâncias SIV são mais um meio disponível que poderá ser usado em conjunto com as ambulâncias de socorro….Eu como Tripulante de Ambulância de Socorro, me recusarei a sair com uma ambulância de socorro para dar apoio a uma SIV (e porquê?), porque as ambulâncias de socorro são para socorrer, e não servem para serem usadas como veículo de apoio das SIV, me recusarei a ser usado somente para ajudar na evacuação do doente para a SIV, não faz parte das minhas competências como TAS ser usado somente para transportar ou carregar o doente (deve haver alguma confusão sua), transportar sim, doentes avaliados, socorridos e estabilizados e transportados por mim e pela minha tripulação ou com o apoio de uma VMER, para a ambulância onde eu presto serviço e não para uma SIV. Se os senhores Enfermeiros se por acaso pensaram um dia em usarem os Tripulantes de Ambulância de Socorro como “maqueiros” (e porque pensa isso?) e enganam-se redondamente, porque iram ter uma forte oposição e problemas graves no terreno. Os enfermeiros verão brevemente como é difícil ser Tripulantes de Ambulância, terão de socorrer e transportar os doentes, muitos deles com mais de 100 quilos (isto é o dia-a-dia dos Enfermeiros!!), e o peso será dividido somente por dois, e eram contrair calos nas mãos, hérnia discais, lombalgias (os Enfermeiros são das classes profissionais mais susceptíveis a lombalgias, conforme pode verificar em qualquer estudo de investigação. Porque acha que será assim?), etc. Esses e outros problemas iram ser comuns, problemas que normalmente não existem dentro dos Hospitais ou nos Centros de Saúde, onde os enfermeiros quase têm o estatuto de Senhores Doutores (conhece assim tão bem a realidade hospitalar?)."

Lavagem cerebral a inocentes...


Como já vem sendo hábito, quase tradição, após estar de serviço durante a noite, antes de me dirigir para casa, compro "algo" para ler (confesso, sou devorador, passo a publicidade, da revistas Visão, Focus, Sábado, etc..), pois durante o pequeno-almoço sempre se vai desfolhando umas quantas páginas. Hoje a tadição manteve-se e comprei a Focus.
Os olhos rapidamente fugiram-me para o artigo "Saídas Profissionais: À Conquista do Primeiro Emprego". A lenga-lenga deste tipo de artigos é a já costumeiro "blá, blá, blá, quem tem mais saídas profissionais, com quase 100% de empregabilidade, é o sector da saúde, blá, blá, blá, pardais ao ninho...".

Nada de novo, apesar de ser puro engano. Não é o sector da saúde que tem 100% de empregabilidade, é o curso de medicina, isso sim. Depois claro, lá entrevistaram um médica recém-licenciada e as suspeitas confirmaram-se: refere que tem emprego garantido, logicamente (ou os lobbys não funcionassem!).

De seguida, lá entrevistam um recém-licenciado em fisioterapia no desemprego que refere que "(...) quando entrei para o curso era um dos que mais saídas tinha", e que "em quatro anos mudou tudo. Abriram muitas privadas (...)" (onde é que já ouvimos isto??)
A bomba vem a seguir. O mesmo fisioterapeuta, para justificar o desemprego, diz "(...) e depois, porque há muitos profissionais que nos tiram o lugar apesar de não terem formação necessária, como os massagistas, os enfermeiros de reabilitação, os professores de educação física ou as pessoas que saem do curso de motricidade (...)". Fiquei atónito.
Nem sequer vale a pena comentar isto (sou um acérrimo defensor dos Enfermeiros de Reabilitação), pois isto conferia o direito a escrever um livro só sobre isto. Até admito que, provavelmente, a culpa nem é deste jovem, mas sim da trampa que os professores de fisioterapia incutem nas mentes destes inocentes para os tentarem cativar e fazer com que estes não percam a esperança de um emprego.... ou seja, "lavagem cerebral", ainda por cima com argumentos infelizes.

Só para terminar, e como forma de homenagem, não queria deixar de dizer que já conheci Enfermeiros de Reabilitação que são verdadeiros "super-homens"!
E já agora, recomendo o blogue Enfermagem de Reabilitação em Portugal.

quarta-feira, junho 27, 2007

Enf. Sérgio Gomes & URSIV


Duas notícias. A primeira é referente ao objectivo falhado de trazer à luz as URSIV (com Enfermeiro e TAS) até à primeira meta estabelecida. Dizem que um dos problemas está na selecção de TAS... não admira, pois segundo a imprensa e as regras do concurso, não querem TAS gordos, magros, baixos, muito novos ou velhos.... além de querem, claro, TAS competentes... o que torna mais difícil a selecção, mas, com boa vontade todas as dificuldades se ultrapassam...
Quem continua a não surpreender é o bastonário da Ordem dos Médicos, pois continua a afirmar que este projecto é "gato por lebre", pois "não tem médico, Enfermeiro". Este "só" diz muito. Diz por exemplo que um oftalmologista (especialidade médica do senhor bastonário) não percebe nada de emergência, e que, para dizer asneiras, mais vale estar calado. Ao que me consta, e penso que ando bem informado nesta questão, o Suporte Avançado de Vida (SAV) ainda é igual para médicos quer para Enfermeiros, a não ser que os médicos tenham algum entendimento superior acerca do algoritmo do referido suporte, mas pelo que vejo, julgo bem que não!! Diz ainda que, os médicos andam mal pagos.... enfim.... é só ler.


A segunda notícia é um brilhante artigo de opinião do Sr. Enf. Sérgio Gomes (coordenador da Linha Saude 24).
Para ficar a conhecer mais um pouco acerca do projecto é só ler o referido artigo que foi publicado na Revista Exame.
Relembro mais uma vez, que este projecto foi também criticado por certos indivíduos... Alguém quer tentar a sorte e adivilhar por quem?


terça-feira, junho 26, 2007

Os meus sinceros parabéns!


Os meus sinceros parabéns ao colega Sérgio Sousa, do blogue Cogitare em Enfermagem, pelo nova etapa da sua vida académica e profissional.
Aqui fica o meu voto pessoal de felicidades!

"Hospital Privado "substitui" Serviço de Urgência Fechado"


Mas havia alguém que duvidava disto?
Em Vila Nova de Cerveira, o grupo Espírito Santo Saúde vai explorar um edifício da Santa Casa da Misericórdia, no sentido de colmatar as falhas a nível de urgências do referido concelho. Na sombra do encerramento de vários SAP, este privado oferece - num horário alargado - Médico, Enfermeiro e Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica!!
Quando em tempos foi anunciado a restruturação das urgência em Portugal, houve quem dissesse que em cada local que fechasse um Serviço de Urgências, cogumelos privados surgiriam...
Privatização a bem ou a mal, a Saúde vai sendo vendida a retalho.
Eu estou "dentro" do sistema e sou peremptório nas minhas convicções: Sou fanaticamente a favor do público!


Fonte imagem: www.sep.pt

segunda-feira, junho 25, 2007

A comunicação social "acordou"...


A comunicação social vai acordando para a realidade dos factos. Parece-me a mim que começa a perceber que sem Enfermeiros não é possível realizar Interrupções Voluntárias da Gravidez (IVG). Nesta peça da RTP sobre os Enfermeiros e a IVG, florescem as preocupações relativas aos Enfermeiros objectores de consciência.

A Ordem dos Enfermeiros, "considerando as solicitações da Comunicação Social", publicou no seu site este esclarecimento:


" O artigo 92º do Estatuto da OE – o qual integra o Código Deontológico do Enfermeiro – estabelece o direito do enfermeiro ser objector de consciência. Ao fazer uso deste direito, o enfermeiro «assume o dever de proceder segundo os regulamentos internos da Ordem que regem os comportamentos do objector, de modo a não prejudicar os direitos das pessoas; declarar, atempadamente, a sua qualidade de objector de consciência para que sejam assegurados, no mínimo indispensável, os cuidados a prestar» e «respeitar as convicções pessoais, filosóficas, ideológicas ou religiosas da pessoa e dos outros membros da equipa de saúde». O mesmo artigo refere que «o enfermeiro não poderá sofrer qualquer prejuízo pessoal ou profissional pelo exercício do seu direito à objecção de consciência».

- Por sua vez, o Regulamento do Exercício do Direito à Objecção de Consciência (aprovado na Assembleia Geral da OE a 18 de Março de 2000) volta a reforçar a necessidade de o enfermeiro dar conhecimento atempado ao seu superior hierárquico da sua qualidade de objector, de modo a que haja a garantia de que há quem o substitua na prestação de cuidados. Nos casos em que possa estar em causa a prestação de cuidados, o direito do cidadão a cuidados de Enfermagem prevalece sobre o direito à objecção de consciência.

- A OE considera útil o levantamento que o Ministério da Saúde, através da Direcção-Geral da Saúde, está a efectuar relativamente ao número de profissionais de saúde objectores de consciência. Advogamos que, em função dos resultados deste levantamento, o Ministério da Saúde deve organizar serviços que assegurem uma resposta adequada e atempada às necessidades de cuidados da mulher. Consideramos ainda que o apoio dado às mulheres que solicitem a interrupção voluntária da gravidez deve ser protagonizado por uma equipa multidisciplinar – a qual deve integrar médicos, enfermeiros, psicólogos, técnicos de Serviço Social, etc.

- Tendo por base o contacto que a Ordem tem mantido com colegas no terreno, estamos convictos de que existirá sempre um número suficiente de enfermeiros para viabilizar a nova Lei da IVG. Por conseguinte, acreditamos que a operacionalidade da lei não vai ser colocada em causa devido a enfermeiros objectores de consciência.

- Os enfermeiros que se declarem objectores de consciência no Sector Público não podem deixar de ter a mesma atitude no Sector Privado. Se se comprovar a existência desta contradição, a Ordem dos Enfermeiros encontrar-se-á no direito de encetar procedimentos disciplinares contra esses membros"

"Há que séculos que não ouvia isto!"


sexta-feira, junho 22, 2007

Enfermeiros radicais

Macaronis Resort


Enf. Daniel Fasset em plena acção


Nas ilhas Mentawai, Indonésia, um paraíso na Terra e um local predilecto para os surfistas adeptos do free surf, existe um resort luxuoso denominado Macaronis Resort (cujo fundador e administrador é um Australiano também adepto do surf), que entre outras coisas dispõe de Enfermeiro 24 horas por dia, e uma clínica medicalizada de apoio aos hóspedes. Até aqui tudo bem.
O interessante é que o Enfermeiro do resort, o Enf. Daniel Fasset (na foto), é um adepto ferveroso do surf, pelo que é frequente que os turistas vejam o "seu" Enfermeiro na crista da onda. Será uma estratégia de combate ao stress?



Enfermeiros "Estomaterapeutas"


Retirei este artigo do GOLD CARD SERVICE, edição da ConvaTec, assinado pela Enf. Maria Joana Tavares, do Hospital de Santo António:


" O papel da estomaterapia na vida do Ostomizado

«Bom dia Sr.(a) X, o meu nome é Joana. Quer fazer o favor de se sentar? A partir de agora sou a sua enfermeira estomaterapeuta, a enfermeira desta consulta que o Senhor passará a frequentar, se assim o entender. Espero conseguir ajudá‑lo a viver agradavelmente com a sua nova companhia: «o saquinho». Quer contar‑me o que lhe aconteceu?

Assim se inicia frequentemente, a Consulta de Estomaterapia. Nela se estabelece um relacionamento próximo, de elevada confiança e estima, entre o ostomizado e a enfermeira estomaterapeuta, que o ensina e prepara para o futuro, para uma vida que se pretende saudável, e com boa qualidade.

Mas, questiona o leitor, o que é isso de Consulta de Estomaterapia? E, como... enfermeira estomaterapeuta? Ostomizado?

A Consulta de Estomaterapia é uma consulta realizada por um(a) enfermeiro(a) estomaterapeuta, onde são acompanhados os ostomizados e as suas pessoas mais próximas.

O(a) Enfermeiro(a) Estomaterapeuta é o(a) enfermeiro(a) habilitado(a) com o Curso de Estomaterapia e que ensina e apoia os utentes realizando a Consulta de Estomaterapia.
O Ostomizado é a pessoa que tem uma ostomia/estoma, sendo este uma abertura, normalmente no abdómen, por onde saiem as fezes ou a urina. Tudo depende do problema que lhe deu origem.
Havendo saída de fezes quer dizer que o intestino está ligado à pele. Se for o intestino delgado, o estoma chama‑se ileostomia. Se for o cólon (intestino grosso) ligado ao abdómen, o estoma passará a chamar‑se colostomia. Mas, no caso de termos alguma das partes do aparelho urinário unido à pele, a abertura toma o nome genérico de urostomia.

Por falar em Consulta de Estomaterapia, o leitor é acompanhado nalguma das existentes no país? Se a resposta é negativa, tente marcar uma consulta. Caso a distância seja demasiada, dirija‑se a um(a) enfermeiro(a) que se dedique ao cuidado de ostomizados. Vai ver que não custa nada, não dói e que a sua vida pode melhorar significativamente. Não se feche, não tenha vergonha. Há milhares de pessoas com o mesmo problema. E há um(a) «enfermeiro(a) amigo(a)» que o pode ajudar se o(a) procurar. Na dita consulta as pessoas são ensinadas e acompanhadas, desaparecendo dúvidas e medos.

Mas, se acha que não há enfermeiro(a) por perto que o possa ajudar, experimente escrever. Tentarei responder às suas dúvidas.

M. Joana Tavares,
Enfermeira Estomaterapeuta
Hospital Geral de Santo António, S.A.,
Porto
"

"Enfermeiro em vez de médico"


Esta notícia já é conhecida, mas leiam bem o conteúdo desta artigo do Jornal O Primeiro de Janeiro, e notem bem como o governador civil refere que "a população não irá perder nenhum serviço, toda a gente pode ficar tranquila", pois "em vez de um médico em permanência nas instalações do centro de saúde, passará a estar um enfermeiro".


"Enfermeiro em vez de médico

Todos os centros de saúde do distrito de Bragança vão manter o atendimento nocturno. A garantia foi dada ontem pelo governador civil do distrito, que explicou que a única diferença é que, em vez de médico em permanência, passará a estar um enfermeiro.O governador civil de Bragança, Jorge Gomes, garantiu ontem à Lusa que todos os centros de saúde do distrito vão manter o atendimento nocturno. “Haverá alteração a partir de 23 Abril, mas a diferença em relação à situação actual é que, em vez de um médico em permanência nas instalações do centro de saúde, passará a estar um enfermeiro”, explicou. Acrescentou que o médico ficará de prevenção para intervir sempre que surja uma situação considerada urgente.“A população não irá perder nenhum serviço, toda a gente pode ficar tranquila”, garantiu o governador civil de Bragança, contrariando, assim, o teor de um protocolo da administração Regional de Saúde do Norte e informações prestadas à Lusa pela tutela. Segundo a fonte do gabinete do ministro da Saúde, a partir de 25 de Abril encerra em todos os centros de saúde o Serviço de Atendimento Permanente (SAP), que as populações locais consideram os serviços de urgência.Nessa data começa a funcionar a “consulta aberta”, das 8h00 às 22h00 durante a semana e das 9h00 às 15h00 ao fim-de-semana. Para o Ministério da Saúde, trata-se apenas de “novos horários” em relação ao serviço que os centros de saúde já prestavam e que deixam de funcionar durante a noite. Esta alteração consta de um protocolo assinado a 27 de Fevereiro entre a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte e a Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros.
Meios alternativos
O ministro da Saúde, Correia de Campos, garantiu publicamente que nenhum serviço encerraria sem a existência de meios alternativos. Porém, o mesmo protocolo só prevê a chegada de duas ambulâncias SIV (Suporte Integrado de Vida) em Outubro e outras duas em Janeiro, juntamente com um helicóptero de socorro. Durante quase meio ano, o Distrito de Bragança disporá apenas, em termos de emergência pré-hospitalar, de uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), sedeada a norte, a cerca de 140 quilómetros das populações mais a sul do Distrito.Segundo as informações recolhidas pela Lusa em 21 de Março, os serviços de urgência vão ficar resumidos, a partir de 25 de Abril, às médico-cirúrgicas dos hospitais de Bragança e de Mirandela e à básica do hospital de Macedo de Cavaleiros. "

quinta-feira, junho 21, 2007

"Enfermeiros sem fronteiras"


O National Geographic Channel emitiu uma reportagem intitulada "Country Nurse", que relata a experiência de dois Enfermeiros, a norte-americana Mary Jo Frawley (na foto), e o Enfermeiro John Koroma da Serra Leoa, que como voluntários prestaram cuidados de saúde em países cuja carência é extrema. Desta forma, ficou prestada uma homenagem a estes dois profissionais, que dedicaram parte do seu conhecimento e vontade em prol de quem mais necessita, demonstrando assim a faceta humanitária dos Enfermeiros.

terça-feira, junho 19, 2007

Direito de resposta do Enf. Rui Cardeira


Lembram-se deste texto escrito pelo SEN?


""“Unidades de Saúde Familiares cativam enfermeiros experientes” é o título que encima o texto do Observatório dito da Ordem dos Enfermeiros, para a área dos Cuidados Primários.Não esperávamos que a nossa Ordem tivesse analistas tão vesgos ou a fazerem papeis encomendados, para lesarem os Enfermeiros que a sua Ordem deve prestigiar.Aquando das comemorações do dia do Enfermeiro em 12 de Maio, uma Enfermeira professora numa faculdade Sueca de Enfermagem, ao ouvir falar do que eram as USFs exclamou: “parem com isso, porque isso não funciona”. Estava a falar certamente com os seus conhecimentos teóricos e práticos.Já tínhamos sido provocados em 3 de Maio na página 8 do mesmo JN, onde se dizia: “Enfermeiros “esquecidos” por sindicatos”. Ora o nosso esquecimento resultou de não termos falado com Rui Cardeira, que lidera a enfermagem das USF, movimento de perto de 70 enfermeiros que estão a constituir uma associação, para fazerem ouvir a sua voz.Não sabemos quem é nem onde trabalha, apesar de conhecermos muitos Enfermeiros sócios e não sócios dos sindicatos, nomeadamente deste. Não queremos acusar quem quer que seja por esta invenção (Rui Cardeira) para contrapor as suas declarações às da Federação que integramos (FENSE). Se o conhecêssemos e as suas intenções, tê-lo-íamos ouvido, para esclarecimento mútuo. Como nem os enfermeiros que integram as USF o conhecem classificámos esta manobra de pouco clara, se não mesmo escura para esbater as declarações da FENSE. Se existe que dê a cara.Já agora alertamos os hipotéticos Ruis para o fenómeno francês dos “cogumelozinhos”, associações disto e daquilo que destruíram o poder reivindicativo dos Sindicatos franceses, para não irmos mais longe. Não é aos enfermeiros bem formados e informados que interessam as divisões para reinar.Se tem veia sindical não precisa de dividir os Enfermeiros com interesses fictícios e alheios à Classe. Nós dispomos de lugares para militantes interessados e aguerridos. Se não aparecer, vamos classificá-lo, para já, invenção desesperada de quem quer ressuscitar o nado-morto que é a USF.O recado serve para o inquiridor da OE que não pára de nos surpreender pela negativa.Mas a OE ainda pode dizer que, sendo uma emanação do Poder Central, tem de cumprir o que lhe ordenam. E ser ingénuo não é crime: é ingenuidade!Mas que respostas vão dar aos Colegas quando estes descobrirem que foram ludibriados, pois nem vão receber mais um cêntimo, do que recebem, pois não está previsto aumento no diploma em discussão e já, antes desta, aprovado em Conselho de Ministros, no qual somente os médicos que já vinham ensaiando o RRE (regime remuneratório experimental) é que têm direito a tabela especial.Sendo assim, há um grupo de enfermeiros que, por razões que desconhecemos, de momento, quer trabalhar para engordar o salário dos médicos experimentados em RRE.Se têm argumentos para nos desmentirem exponham-nos, com os devidos fundamentos, que contrariem a versão final do diploma que cria as USF, em nosso poder.Quanto aos: Manuel Oliveira (não confundir com o realizador de cinema) e Rui Cardeira, iremos estudar as suas motivações, antes de os crucificarmos, como inimigos aparentes da Classe e servidores de outros interesses que não os dos Enfermeiros. A menos que disponham de elementos que os experimentados dirigentes da FENSE, em negociações, ignorem, por não lhes serem fornecidos...Para já, as USF violam a essência da assistência primária e o estatuto dos Enfermeiros segundo as convenções da OMS (Organização Mundial de Saúde), afastando-a das convenções internacionais que Portugal ratificou, subscrevendo-as.Pretender circunscrever a “assistência primária” à vertente curativa e às consultas e consultórios médicos é erro crasso com que não nos identificamos, pois combatemo-lo.Se alguém tem uma cabeça tão pequenina que não consiga albergar o pensamento de que a FENSE (e nós próprios) luta inequivocamente pelos reais interesses e melhoria do estatuto dos Enfermeiros, lamentamos essas cabeças reduzidas, pois somente servem para desempenhar o tal papel de “empregado de consultório” mais ou menos disfarçado com consultas de Enfermagem prévias.O papel dos aderentes e simpatizantes da ideia USF é como o modelo da via férrea do Douro que servia de exemplo para os engenheiros saberem como não se devia construir uma via férrea e para engrandecer e dignificar o esforço da FENSE, que saiu derrotada das negociações de diploma pré‑aprovado já. Não é por esta farsa que lutamos.""


Tivemos o prazer de ter uma resposta pessoal do Enf. Rui Cardeira:

"Caro colega, Desculpe a demora, mas tinha que lhe responder. Apesar de tudo o que foi dito, a verdade é que os enfermeiros das USF's não foram na altura ouvidos pelos sindicatos!! Em fins do ano passado o SEN realizou uma sessão de esclarecimento no C.S. onde trabalho. Foi falado os horários continuos e das USF's, qd perguntei o que podiamos fazer e pedi conselho responderam-me:" Vá trabalhar para um pais do Norte da Europa!". A verdade é que sou Português, vivo em Portugal e antecipo muitas melhorias no S.S. com a implementação das USF's e com a Reconfiguração dos CSP. concordo com tudo? Não. Mas se queremos mudar a forma como nos vêem os outros profissionais , a população, o Estado e nós mesmos, temos que ser nós a fazer algo. NÃO PODEMOS SER REACTIVOS,CADA VEZ MAIS TEMOS QUE POR NÓS APRESENTAR SOLUÇÕES, ANTES QUE ALGUÉM AS PROPONHA!!! Continuarmos a dizer " eles têm e nós não temos "ou "aquilo foi feito pra eles", não faz sentido. Este grupo que agora possui 130 associados e praticamente 1 enf. por USF, tem tentado mudaras coisas, já conseguiu mudar algumas, mas acima de tudo demonstrou que os enfermeiros não são meros assistentes médicos, que não precisam derecorrer ao sindicato ou á OE para lhes dizer o papel deles. Neste momento os Enf.os das USF's são os únicos a tentar implementar o mod.do Enf. Familia. São os únicos que tiveram coragem de pegar no que estava mal na profissão e mudar, mas acima de tudo, foram os únicos capazes de dizer por meio de acções e resultados aos outros profissionais: "Este espaço é nosso!!". Quero convida-lo para visitar uma USF qq a nível nacional e a seguir visite um CS e diga-me onde é que se trabalha melhor.

Um abraço, Rui Cardeira as5175705@sapo.pt"

segunda-feira, junho 18, 2007

As mudanças na Saúde...

Estas últimas semanas têm sido férteis em novas notícias relacionadas com o sector da saúde. Algumas delas polémicas e controversas, outras mais consensuais, outras já não são recentes, mas ainda continuam em discussão. Eis algumas dessas notícias:
a
- Modelos de avaliação profissional vai ser alterada, no entanto o governo ainda pondera como aplicar estas alterações às profissões especiais (médicos, enfermeiros, professores, etc..) [Diário Económico];
a
- Exlusividade da propridade de farmácias por parte dos farmacêuticos terminou;
a
- Vínculos da função pública (mesmo para os actuais funcionários públicos) vão ser alterados, ficando a função pública reservada para funções de soberania [Sol];

- Candidato a bastonário da Ordem dos médicos, Miguel Leão, candidata-se sobre o lema "Defender e unir os médicos", e refere que sua principal reivindicação para o seu possível mandato será a oposição à criação de novas faculdades de medicina, sejam elas públicas ou privadas (nota: este senhor parece-me estar a desvirtuar as funções da sua própria ordem.. mais valia mudar de nomenclatura para... Corporação dos Médicos);
a
- Enfª Judith Oulton, Directora Executiva do Internacional Council of Nurses (ICN), declarou em entrevista que é fundamental os "Enfermeiros manterem-se unidos". Quando a questionaram relativamente À sua perspectiva da Enfermagem mundial daqui a 10 ou 15 anos, respondeu da seguinte forma:

"Como é que perspectiva a Enfermagem mundial daqui a 10 ou 15 anos?
a
Penso que em termos globais a minha visão é positiva: estamos a melhorar a formação, há uma maior standardização dos modelos formativos e por isso penso que no futuro os enfermeiros de todo o mundo terão excelentes níveis de competências.
Assim sendo, dispondo de enfermeiros com melhor formação e maiores competências, temos certamente de «abraçar» um conjunto de novos desafios, cada vez mais centrados nas necessidades das pessoas e progressivamente mais inovadores. Acredito também que gradualmente os enfermeiros verão a sua capacidade de liderança acrescida.
As associações nacionais têm aqui um importante trabalho a desempenhar porque em muitos países há algumas oportunidades de desenvolvimento que estão a ser «limitadas» pelos empregadores/prestadores de saúde. É fundamental que avancemos juntos e que os enfermeiros fiquem unidos porque se isso não acontecer, daqui a 10 anos é possível que o «retrato» seja negativo. Se os enfermeiros não se juntarem e trabalharem conjuntamente em prol dos princípios nobres da Enfermagem, é bem possível que haja um maior número de outros profissionais de saúde a fazer o que tradicionalmente os enfermeiros fazem. E para isso é preciso trabalhar correctamente para proteger a Enfermagem como um todo e criar um tipo de relação com os trabalhadores auxiliares que transmita a ideia da Enfermagem enquanto coordenadora do seu trabalho. Penso que é possível concretizar mais este desafio
."
a
Fonte da última notícia: www.ordemenfermeiros.pt

domingo, junho 17, 2007

"O mundo ao contrário" na SIC



Hoje, depois do Jornal da Noite, vai passar na SIC a reportagem "O mundo ao contrário", que acompanhou durante cerca de um mês a vida dentro do serviço de pediatria do IPO de Lisboa e assistiu à "guerra que crianças, famílias, médicos e Enfermeiros travam contra a doença". Uma reportagem tocante com o testemunho de profissionais, entre os quais, de vários Enfermeiros. A não perder!

sexta-feira, junho 15, 2007

CHBA representado por Enfermeiro em Conferência no Japão

Cartaz da conferência do ICN

A conferência do ICN (International Council of Nurses) já terminou, mas só tive conhecimento deste facto agora.

"O Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio vai ser, este ano, representado pelo Enfermeiro Hugo Amaro, do Serviço de Urgência, na Conferência do Internacional Council of Nurses que se realiza, entre 27 de Maio e 1 de Junho na cidade de Yokohama, Japão.
O CHBA marcará presença nesta conferência com a apresentação do estudo científico realizado pelo Enf. Hugo Amaro, intitulado “Assertive Communication: a skill to help nurses dealing with the unexpected conflict” focalizado no desempenho dos profissionais de enfermagem na Instituição.
O mesmo estudo foi já reconhecido com o primeiro prémio no concurso que visava apoiar a participação de enfermeiros investigadores portugueses na conferência do Internacional Council of Nurses.
A participação nesta conferência é para o CHBA um motivo de orgulho, pois reconhece o trabalho e a investigação de qualidade dos seus profissionais.

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Fonte: http://www.hospitaisepe.min-saude.pt/


Enfermeiros (e Médicos) alegam "objecção de consciência" na IVG

Muitas vezes a comunicação social fala acerca deste tema, mas apenas referencia a objecção dos médicos. E os Enfermeiros? Se calhar não sabem que sem Enfermeiros não é possível fazer uma Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG).
Li no site da TSF, esta notícia interessante:
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"A maioria dos médicos obstetras e dos enfermeiros desta especialidade nos dois principais hospitais dos Açores alegam objecção de consciência para não realizarem a interrupção voluntária da gravidez (IVG) apedido da mulher nas primeiras dez semanas, tal como está previsto na nova lei do aborto.

Os seis médicos obstetras do Hospital de Angra do Heroísmo (Terceira) já manifestaram por escrito a sua objecção de consciência para realizar a interrupção voluntária da gravidez (IVG), a pedido da mulher, de acordo com a nova legislação. A presidente do conselho de administração do Hospital de Angra, a médica Olga Freitas, adiantou esta terça-feira que os clínicos mantêm, porém, disponibilidade profissional nos casos previstos anteriormente pela legislação, nomeadamente em caso de violação, má formação do feto ou perigo para a vida da mãe. Dos 17 enfermeiros da especialidade de Obstetrícia, «todos manifestaram objecção de consciência» à IVG, a pedido da mulher, «tendo já 11 destes profissionais assinado uma declaração nesse sentido», disse também a responsável. Por seu lado, a directora clínica do Hospital de Ponta Delgada, Isabel Cássio, revelou que «a maioria» dos 12 obstetras da unidade de saúde «tem intenção» de alegar objecção de consciência."
(...)
"No caso de se concluir que o Hospital de Ponta Delgada não vai ter capacidade para aplicar a nova legislação, a directora clínica admitiu que «vão ter de ser encontradas soluções», nomeadamente o encaminhamento das mulheres para outras unidades de saúde."
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É fácil deduzir que não será possível fazer IVG no Hospital de Ponta Delgada, pois mesmo havendo médicos não objectores, todos os Enfermeiros são contra a IVG.

Senhores Jornalistas...

Pela milionésmia vez: Este senhor (Rodolfo Moura) é Enfermeiro (e não fisioterapeuta)!

Interessantíssima a forma como "especialistas em medicina desportiva" analizam o Enfermeiro Rodolfo Moura. Todos são unânimes em reconhecer a sua competência, mas... o velho sentimento de suposta superioridade vem ao de cima. É a velha história dos médicos quererem mandar nos Enfermeiros, mas o tiro saiu-lhes pela culatra...Logicamente custa-lhes a admitir que na prática seja um Enfermeiro quem dirige o departamento médico de um dos maiores clubes do mundo... e tentam contra-argumentar, seja de que forma for. Que o Enf. Rodolfo Moura é um grande profissional, é. Eis uma notícia interessantíssima retirada do jornal "Correio da Manhã:

"O departamento de Rodolfo: Especialistas em medicina desportiva ouvidos pelo Correio Sport criticam a forma como funciona o corpo médico do Benfica, que dizem ser, na prática, liderado por Rodolfo Moura, por vontade expressa de José Veiga. Reconhecem-lhe competência enquanto recuperador de lesões mas apontam-lhe a falta de formação médica como lacuna de peso.O departamento médico do Benfica volta a estar no centro das atenções por causa do ‘caso Rui Costa’, que viu uma lesão agravar-se devido a um erro de diagnóstico. Este foi o último de uma longa lista de casos que têm envolvido o corpo clínico da Luz. O Correio Sport foi tentar perceber como funciona o departamento e cruzou depoimentos de diversas fontes ligadas à medicina desportiva e outras do clube. Todos solicitaram o anonimato e todos apontaram para a mesma conclusão: quem manda no departamento médico é Rodolfo Moura.O enfermeiro e cinesioterapeuta, que já passou por FC Porto e Sporting, foi uma escolha pessoal do director geral José Veiga, que deposita total confiança na experiência de Moura. A sua competência na recuperação de lesões é sobejamente conhecida e não é colocada em causa por nenhuma das nossas fontes. O problema, segundo diversos especialistas contactados pelo Correio Sport, reside no facto de Moura estar a desempenhar funções que ultrapassam as suas competências. “Rodolfo Moura é, na prática, o chefe do departamento médico. José Veiga escolheu-o com esse objectivo. Só que, apesar de toda a sua experiência, tem as limitações de quem não possui formação médica”, afirma um especialista em medicina desportiva, conhecedor da realidade do Benfica. Esta época já houve onze lesões musculares no plantel. E a época passada houve seis casos de jogadores que se lesionaram e regressaram à competição antes do tempo, agravando as lesões: Quim, Nélson, Simão, Karagounis, Miccoli e Manuel Fernandes. “Querem-se fazer brilharetes nas recuperações e quando as coisas correm mal são os médicos que ficam com a criança nos braços”, afirma a mesma fonte.Um outro especialista da área da medicina desportiva recorda a saída do departamento do ortopedista Pedro Magro em 2004: “Ele percebeu como é que as coisas iriam passar a funcionar e saiu quando lhe impuseram Rodolfo Moura”. Qual é então o papel de João Paulo Almeida, reponsável pelo departamento médico? “É um papel secundário, que ele aceita desempenhar não se percebe bem porquê. No ‘caso Rui Costa’ foi chamado para apagar o fogo”. Por outro lado, o facto de João Paulo Almeida ter de lidar também com o futebol de formação e com as modalidades faz com que esteja muitas vezes longe da equipa profissional. Mais presente está o médico de clínica geral António Barata, que acompanha todos os treinos mas, segundo as nossas fontes, ocupa posição subalterna em relação a Moura.Rodolfo Moura é, contudo, muito bem visto pelos jogadores, sendo vários os casos de atletas que o elogiaram publicamente ou correram a abraçá-lo quando festejavam golos após períodos de recuperação. Jardel, Beto, Niculae, Quim ou Mantorras são só alguns exemplos. E quando na sua primeira época na Luz (2004/05), o Benfica foi campeão, muitos atribuíram a Moura quota considerável de mérito. “Ele consegue criar grande cumplicidade com os jogadores, está sempre disponível para os ajudar. Só que depois tem limitações a outros níveis”, refere um conceituado médico. Certo é que Luís Filipe Vieira ficou muito irritado com o ‘caso Rui Costa’ e não está colocada de parte uma remodelação do departamento. Contactado pelo Correio Sport, João Paulo Almeida escusou-se a prestar declarações. Já Rodolfo Moura e José Veiga estiveram incontactáveis."

Fonte: www.correiodamanha.pt"



quinta-feira, junho 14, 2007

Um repto de uma estudante de Enfermagem...


"Boa noite. Peço desde já desculpa pelo intromisso num tópico que nada tem a ver como os propósitos que pretendo colocar....
Vinha antes, como aluna de enfermagem da Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian de Lisboa, fazer um pedido de esclarecimento sobre as implicações da alteração do 7º artigo, no decorrer da AG realizada a 19 de Maio na Faculdade de Cências de Lisboa, na formação e obtenção de Cédula Profissional para os jovens enfermeiros. Acho que, entre nós alunos, compreendemos todos a fundamental importância da auto-regulação do exercício e desempenho dos profissionais de enfermagem assim como a importância dos processos de especilização de enfermagem, não só para os profissionais, como para a qualidade de serviços prestados aos nossos utentes - no entanto, como estudantes, esforçamo-nos também, nas nossas múltiplas vertentes, para um dia adquirirmos o título da profissão (muitos de nós não fomos para enfermagem só por haver emprego ou por ser alternativa ou outros cursos). Acho que é fundamental assegurar um acesso justo e geral à formação e poderar, assim como esclarecer muito bem, os critérios que pretendem ser seleccionados para a gestão de recursos que se pretende efectuar, nomeadamente no que diz respeito à selecção de estudantes de enfermagem para acesso ao internato. Com os meus melhores agradecimentos, Ana Santos "
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Fica aberta a discussão acerca do tema.
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P.S. - E já agora, cumprimentos para a futura colega, aluna de uma instituição de referência.

terça-feira, junho 12, 2007

Falsos Enfermeiros em Vila Pouca de Aguiar



Um jornal regional de Vila Pouca de Aguiar difundiu a seguinte informação (Jornal Mensagens Aguiarenses).
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(Clicar na imagem ao lado para ampliar e ler)
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Qualquer caso semelhante, do vosso conhecimento, que ponha em causa a profissão (ex. usurpação de funções) e a segurança dos cuidados prestados, é nosso dever comunicar às entidades competentes (a denúncia pode ser feita à Ordem dos Enfermeiros).
Proteger os Enfermeiros é proteger os cidadãos e a saúde.

segunda-feira, junho 11, 2007

Os especialistas....

(Clicar para ampliar e ler)

De facto, acho estranho ainda nenhum médico ter reclamado a "leitura de nádegas" exclusivamente para a medicina! Sim, porque só eles estudaram e têm formação, só eles é que sabem, só eles é que podem, só eles, só eles, só eles...
...pelos menos é o que se consta para aí...

Mentalidades...


Li esta notícia difundida pelo diário Correio da Manhã:


"Marta Ferreira, agente da banda Xutos & Pontapés, que morreu quinta-feira no aeroporto de Lisboa, foi sujeita a manobras de reanimação pela equipa médica do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) 17 minutos depois de ter sido dado o alerta, às 11h34. Um intervalo demasiado longo.
O uso do desfibrilador (máquina de reanimação cardíaca) é fundamental nos primeiros cinco minutos após paragem do coração, sublinha a Fundação Portuguesa de Cardiologia, mas os aeroportos nacionais não são obrigados a terem esse equipamento.O porta-voz da ANA – Aeroportos de Portugal, Rui Oliveira, garante que “todos os meios foram accionados no momento em que foram chamados”.

Mas ontem não foi capaz de esclarecer se o aeroporto da Portela possui desfibriladores. “Não existe legislação ou recomendações que tornem o desfibrilador obrigatório”, disse ao CM uma fonte do Instituto Nacional de Aviação Civil. Marta Ferreira foi encontrada inconsciente numa casa de banho do aeroporto, não sendo conhecida a hora a que ocorreu a possível paragem cardíaca. Os primeiros socorros foram prestados no aeroporto por profissionais do posto da Cruz Vermelha. “Este posto funciona 24 horas por dia, 365 dias por ano, com um enfermeiro e dois socorristas”, disse a Cruz Vermelha Portuguesa.“Os profissionais presentes no dia da ocorrência foram chamados e chegaram ao local dois minutos depois, agindo em conformidade com a situação identificada de paragem cardio-respiratória e pedido de imediato o apoio do CODU – Centro de Orientação de Doentes Urgentes do INEM. Cinco minutos depois chegava ao aeroporto da Portela, uma viatura médica do INEM e dois minutos mais tarde uma ambulância.“Mais 12 minutos foram necessários para os profissionais do INEM conseguirem encontrar o local onde Marta Ferreira permanecia inconsciente. Esta demora resultou de falta de coordenação do pessoal de segurança do aeroporto, que não conseguia localizar a casa de banho”, disse fonte do INEM. Para Zé Pedro, guitarrista dos Xutos & Pontapés, “o mais chocante foi a falta de assistência. Não havia um médico nem máquinas de reanimação”.

APONTAMENTOS

~MILHÕES POR ANO

Portela recebeu no último ano 12,3 milhões de passageiros, ou seja, 34 mil passageiros diários. No aeroporto trabalham 20 mil pessoas. Perante estes números, o Bloco de Esquerda requereu ao Ministério da Saúde informação sobre as capacidades dos meios de socorro.

(...)
CAUSA DA MORTE

Realizada ontem a autópsia, as causas de morte só serão conhecidas depois de a família o requerer ao Ministério Público, ao qual o Instituto de Medicina Legal remeteu o relatório.

UMA ENFERMEIRA

No Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia, em caso de emergência médica é contactada a enfermeira que está ao serviço em permanência. O serviço de operações aeroportuárias afirmou que em caso de emergência há ainda funcionários com conhecimentos de primeiros socorros.

FARO USA O 112

O Aeroporto Internacional de Faro tem um posto de socorros com um enfermeiro em permanência e uma ambulância da Cruz Vermelha. “São os meios previstos internacionalmente”, refere o director da infra-estrutura, Correia Mendes. Em caso de emergência é contactado o 112.

ILHAS SEM APOIO

O aeroporto do Funchal, na Madeira, tem apenas um posto de socorro com sete enfermeiros, que funciona das 8h00 à meia-noite. Em Ponta Delgada, nos Açores, o aeroporto conta com elementos do INEM. Nos dois casos os responsáveis realçam a proximidade de um hospital em caso de emergência."


Todos lamentamos esta morte, é um facto. Para um socorro eficaz, por exemplo uma reanimação cardio-respiratória, todos sabemos que são indispensáveis no mínimo dois elementos, daí que estando apenas um Enfermeiro em presença nos aeroportos é manifestamente pouco.
Zé Pedro, o guitarrista dos Xutos e Pontapés, (compreendo a "dor" do momento...), alegou que houve falta de assistência. Ora, segundo o diário, o Enfermeiro e os dois socorristas do aeroporto chegaram ao cenário da situação em dois minutos agindo em conformidade com a mesma.
"Não havia nem médico, nem máquinas de reanimação" - disse Zé Pedro. No que toca à falta de "máquinas" (provavelmente referia-se ao desfibrilhador) compreendo a indignação, mas relativamente à falta de assistência só porque não havia médico (!), não aceito, pois no local estavam um Enfermeiro e dois "socorristas" muito provavelmente com formação em suporte avançado de vida. Mas a mentalidade (e reafirmo que compreendo o momento doloroso) do "médico-é-que-sabe" ainda vive, principalmente quando falamos de uma área (emergência pré-hospitalar) onde o médico é cada vez mais preterido em relação a outros profissionais, (pois nestas intervenções um médico em nada é uma mais-valia...) estas afirmações revelam mentalidades retrógadas e desconhecedoras. Uma coisa é certa, todos nós temos o direito à assistência pré-hospitalar.
Critico sim, o facto de muitos cidadãos, provavelmente incluíndo os elementos da banda, não saberem pôr em prática um elemento fundamental do socorro - o suporte básico de vida!
As mentalidades, essas, vão mudando pouco a pouco...

quinta-feira, junho 07, 2007

Circular normativa relativa a utentes agressivos


A Circular Normativa nº 8/DSPSM/DSPCS de 25/05/2007 - Medidas preventivas de comportamentos agressivos/violentos de doentes - contenção física - da Direcção Geral da Saúde, admite e aconselha a imobilização compulsiva dos utentes que se revelem agressivos para com os profissionais de saúde.

Segundo o Jornal Correio da Manhã, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses revelou-se contra esta estratégia por considerá-la pouco ética, acrescentando que devem ser tomadas medidas preventivas. O Correio da Manhã refere ainda que na Suécia, 24% de todos os casos de violência ocorrem na Saúde.

Pessoalmente, compreendo e respeito esta questão ética, mas, se não forem tomadas medidas rigorosas para controlar esta epidemia, não vai ser a ética que vai ajudar alguém quando um profissional de saúde for ameaçado e agredido.

Não esqueçam que os Enfermeiros são a classe que mais sofre com este fenómeno.

quarta-feira, junho 06, 2007

Robot desenvolvido para Enfermeiros!


"Segundo estatísticas britânicas, cada ano, 3600 enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde daquele país ficam de baixa por problemas de costas.

Talvez a pensar nisto, um grupo de investigadores japoneses desenvolveu um sistema robótico que se adapta ao corpo de um enfermeiro e permite que este levante e carregue um doente sem esforço e sem danificar as costas.

Este exosqueleto robótico, cujo protótipo já foi construído, é um sistema complexo de metal, fios, ar comprimido e foles semelhantes a acordeões. O seu peso é de 18 quilos. O seu aspecto, como se deve imaginar, não é particularmente elegante, mas os investigadores afirmaram estar já a desenhar um modelo comercial com um design mais apelativo e metade do peso do protótipo. O robot é preso aos membros dos indivíduos e todo o equipamento fica para trás, nas costas, braços e pernas, permitindo assim o importante contacto entre o enfermeiro e o paciente a carregar. Mas afinal como funciona? O equipamento tem sensores acoplados aos principais grupos de músculos do enfermeiro o que lhe permite calcular a força que é necessária para levantar um dado paciente. À medida que se levanta o paciente os sinais são enviados a um micro-computador que os processa e acciona um sistema de foles e outros mecanismos que funcionam com ar comprimido. A principal função deste Power Assist Suit é a de auxiliar enfermeiros e fisioterapeutas a levantar pacientes das suas camas e a carregá-los para algum lado. Nos teste, uma enfermeira que pesava 64 quilos conseguiu levantar e transportar um paciente com 70 quilos de peso. Apesar do protótipo ter custado cerca de 4.500 contos os investigadores pensam fabricar um modelo comercial que poderá ser comprado por cerca de 360 contos. "


Fonte: www.mni.pt, traduzido e extraído do artigo "Nurses get bionic power suit": www.newscientist.com


A linha da discórdia... e as preocupações dos bons samaritanos!


Quando surgiu a linha Saude24, houve uma classe profissional que protestou e manifestou publicamente algum prurido.
Palpita-me que se a linha funcionasse recorrendo a profissionais dessa classe, tudo seria bom e isto seria um projecto magnífico! Como é constituída integralmente por Enfermeiros, é uma ideia "perigosa" e pouco vantajosa....
Isto só para dizer que, a quem porventura não sabe, este tipo de iniciativas há muito existem lá fora, com Enfermeiros, e que tudo corre muito bem. Dispensamos as preocupações dos bons samaritanos! Muito obrigado.

terça-feira, junho 05, 2007

Associação Portuguesa de Enfermeiros de Anestesia, Reanimação e Terapêutica da Dor

O colega Nurse Anesthetist deixou-nos a seguinte informação:

"Reflecti muito antes de o fazer....mas já que o "Doutor Enfermeiro" representa indubitávelmente um local de passagem para muitos, aqui fica um pré-anúncio do lançamento da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Anestesia, Reanimação e Terapêutica da Dor que será membro da IFNA (International Federation of Nurse Anesthetists) e terá parceria com a AANA (American Association of Nurse Anesthetists)!Por uma enfermagem cada vez melhor e no caminho da especialização!
Um até breve a todos!"

Priceless (sem preço)!



segunda-feira, junho 04, 2007

A Enfermagem em imagens um pouco por todo o mundo...



































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Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!