segunda-feira, março 31, 2008

"Yin e o yang" do sector da Saúde!


É dificílimo contratar Médicos Especialistas. Abrem concursos... e ninguém se candidata. No interior a situação agrava-se sem perspectivas de soluções. Segundo a RTP, o Hospital Amato Lusitano (Castelo Branco), abriu 6 vagas para especialistas. Não houve interessados. Segundo o Hospital, o problema é que a instituição não sendo EPE não pode fazer Contratos (milionários!) Individuais de Trabalho com os Médicos. É que o salário da Função Pública não os estimula.
Mas, à semelhança do Yin e Yang, para manter o equilíbrio, do lado oposto estão os Enfermeiros. Mas remunerados, desempregados, quando se disponibiliza um vaga, no interior do País ou não, comparecem aos milhares.
E pelos vistos, ao contrários do outros profissionais de saúde, os Enfermeiros estão a ficar como o Sistema Nacional de Saúde (SNS) - "...tendencialmente gratuitos"!
Mas tenham calma estimados colegas, ainda faltam muitos Enfermeiros para atingir os rácios com que muitos sonham! Ou seja, o melhor ainda está para vir...
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O que temos, para já, é muito claro. Por exemplo:
> Incentivos finais das Unidades de Saúde Familiares (USF) : 4370 euros/mês para Médicos e 300 euros/mês para Enfermeiros!!
Parafraseando o Sindicato dos Enfermeiros, "o que nos fere é tanto para uns (os Médicos) e tão pouco para outros (os Enfermeiros). Para os Médicos não há falta de provisão no Orçamento do Estado". Isto, depois de "chamarem à negociação os sindicatos para lhes dizerem que não há dinheiro para os enfermeiros"!
Podem tirar as vossas ilações para a "nova" carreira de Enfermagem.
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P.s. - Já me esquecia. Sabem quem já anda "metido" nos "cuidados domiciliários"? Os farmacêuticos!!!!

O paradoxo "aquático" da profissão Enfermagem!

Um colega anónimo deixou o seguinte comentário. Simples, mas complexo. Objectivo, mas tão difícil de compreender por alguns. Directo, mas com uma mensagem que tarda em ser recepcionada. Leitura obrigatória:
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"Ao longo dos anos os enfermeiros foram perdendo capacitação técnica e competências. As escolas incentivaram isso. A OE concorda.

Os enfermeiros professores das ESE sabem ensinar muito pouco, os alunos passam 4 anos a divagar sobre a problemática da enfermagem no mundo actual e a importância da higiene e blá blá blá...

Na actualidade e no tipo de sociedade em que vivemos, as pessoas contratam quem sabe fazer. No privado pagam mais a um fisioterapeuta ou a um terapeuta da fala do que a um enfermeiro... sabem porquê? Porque para os gestores privados esses técnicos geram mais dinheiro...e o trabalho das higienes (o apogeu da enfermagem, segundo os pseudoteóricos) é menos diferenciado. E de certa forma têm razão.

É trabalho diferenciado a supervisão e algumas higienes - agora todas?? Aproveitar a higiene para fazer umas mobilizações passivas? Contrata-se um fisioterapeuta que faz um programa de reabilitação...podia ser um enfermeiro? Podia. Onde estão os especialistas? Os enfermeiros passam o seu tempo a lavar doentes nas medicinas....para quê? Um professor de medicina ou mesmo de fisioterapia muitas vezes mantém a sua actividade profissional - opera doentes, reabilita, etc...Um professor de enfermagem devia fazer aquilo que apregoa - pegar num avental e ir a banhos....

Claro que nalguns casos os banhos deviam ser dado por pessoal mais qualificado (enfermeiro) agora em muitos casos, um auxiliar de enfermaria/AAM ou que quiserem chamar, sob supervisão de enfermeiros, e com alguma formação poderiam fazer. Assim era mais fácil ganhar mais, desempenhar funções mais diferenciadas, como por exemplo as mobilizações passivas...agora assim...epá o pessoal depois de um banho quer é dar o outro e o outro....é em série (tal AAM...) enfim...

Com a falta de médicos que existe no país os enfermeiros terem regredido funções é obra....e não é normal...Crescemos academicamente perdendo funções técnicas...O que interessa é o que se faz (agora se se é licenciado ou não...)!

Aliás, olhando para bolonha, para os outros países parece que regressámos ao Bacharel!!! Só que cá chamam licenciado! É mais chique...

Era muito bonito termos os doentes cuidados só por uma categoria de enfermeiros, licenciado, fazia-lhe a cama, dava comida, a higiene, tudo...mas em que país e em que mundo é que as pessoas vivem? Das duas uma ou se diminui o ordenado aos LICS enfermeiros ou se encontra outra categoria menos diferenciada de enfermeiros para os mais diferenciados ganharem mais...simples, ou talvez não..."
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Escusado seria dizer que concordo em absoluto.

sábado, março 29, 2008

A outra perspectiva: excesso ou falta de Enfermeiros - resposta ao colega "Magistral Estratega"!


Estimado Magistral,
antes de mais propunha que tentasse arrecadar os tais mil euros que ofereço (para quem der o exemplo (e provar!) de mais de 10 países (em todo o mundo!) com um rácio de Enfermeiros diplomados superior ao nosso ). Depois, há variáveis fundamentais que não considera no seu raciocínio: os enfermeiros executam imensas tarefas que a si não pertencem, mas sim a administrativos, auxiliares, etc... daí, a impressão errada da falta de profissionais de Enfermagem em alguns serviços.

A solução deste paradoxo está muitas vezes no aumento de AAM's e não de Enfermeiros. Repare que os países que têm grande número de Enfermeiros por habitante são habitualmente aqueles onde os Enfermeiros são mais "indiferenciados" e onde a Enfermagem ainda desempenha dum papel de "auxiliares dos médicos"!

Em Portugal existe uma má rentabilização de Enfermeiros. Usá-los paras as tarefas exclusivas da Enfermagem era uma óptima medida. Analogamente, os médicos têm afirmado que existe uma má redistribuição dos mesmos, mas com argumentos falíveis e menos sólidos: têm listas de espera para cirurgia, consultas em atraso, etc...o que demonstra objectivamente falta de médicos. Ou será reflexo das "reduzidas" competências/autononomia dos Enfermeiros?
Mas se os médicos tivessem que preparar os seu próprio bloco operatório antes da cirurgias, repôr stocks nos seus consultórios, etc, veria que APARENTEMENTE haveria muita falta de médicos... Compreende o raciocínio? Estou certo que sim. Os médicos apenas se dedicam à função EXCLUSIVAMENTE médica.

Por seu lado, os Enfermeiros englobam no seu quotidiano uma multiplicidade de funções que, muitas vezes, "cabem" a outros profissionais ou então podem ser delegadas noutros (sob supervisão). Trata-se de má gestão ocupar um profissional licenciado com tarefas indiferenciadas.

Os salários reflectem isso mesmo: quantos mais profissionais, menos dinheiro se poderá atribuir à remuneração de cada um - falando friamente! Um exemplo: pagaria a um engenheiro informático salários exorbitantes para ele transportar computadores? Logicamente - como bom gestor - não! Isso é perfeitamente executável por alguém com um mínimo de formação, não requer um licenciado!

O problema dos Enfermeiros é o excedente de profissionais que se criou, e agora, muitos, pretendem encontrar uma solução à força, nem que seja reivindicando para os Enfermeiros tarefas dos AAM's, ou então outras não compatíveis com o grau académico da nosa classe!!! Esta banalização que o excesso de oferta traduz, só torna a enfermagem mais débil, com uma formação menos rigorosa e uma visibilidade que desce a passos largos!

Muitos de nós vêem a introdução de mais AAM's como um "roubo" de lugares de Enfermagem. Eu não. Muitos colegas dizem, acerca de outras questões, cada "macaco no seu galho" - nesta questão aplica-se o mesmo princípio!

Estou certo que muitos colegas não conseguirão os seus empregos, mas não podemos reduzir o nível do patamar técnico e científico da profissão só para que mais colegas sejam absorvidos! Isto é um problemas de excesso de escolas e vagas e não de falta de emprego!Acha correcto um enfermeiro licenciado proceder "fazer uma cama" (como acontece, infelizmente, ainda em algumas instituições - aqui estou certo que aparentemente haverá falta de Enfermeiros)?
Eu não, nem acho que se deva pagar muito dinheiro por esta tarefa, pelo contrário devemos dirigir os Enfermeiros para outras tarefas bem mais complexas, "desmonopolizando" os cuidados exclusivamente médicos, agilizando os sistemas de saúde e incrementado a autonomia e satisfação dos Enfermeiros. E com salários mais elevados!!
Existem outras formas (finitas) de desbloquear emprego para os enfermeiros: alargamento das suas competências é a mais lógica! Deixar de lado a "arrumação de stocks" para atender utentes, deixar de "montar e desmontar processos" (em algumas instituições) para atender utentes, deixar os "aspectos administrativos" para atender utentes, deixar "as camas por fazer" para atender utentes, etc...
Que tal gerir competências para poder intubar sozinho, desfribrilhar sozinho, prescrever certos fármacos (para que o trabalho dos Enfermeiros não tenha que ser sucessivamente interrompido por pedidos aos médicos para prescrever isto ou aquilo), orientar grávidas sem supervisão médica (requerendo exames complementares de diagnóstico), consultas de saúde mental/comportamental sem que se dependa do médico, assegurar os transportes intra-hospitalares de risco, requerer certos meios complementares de diagnóstico (ex. um utente cai na enfermaria, e apresenta com suspeita de fractura da mão - não seria sensato o enfermeiro ter poder para requerer desde logo o exame, para depois ser avaliado pelo médico/Enfermeiro, ou é necessário andar atrás do médico para tal?)

Mas digo-lhe mais: para ser sincero, penso que a "Saúde Geral" (clínica geral e familiar) e todas as suas competências deveriam ser um campo de actuação (depois das alterações curriculares necessárias) por excelência dos Enfermeiros! Infelizmente ainda está enraizado como função médica, assim como noutros países a punção venosa é um acto médico! É uma questão de mentalidades e adequabilidades profissionais! Assim, certamente poderia orientar a saúde dos indivíduos e respectivas famílias de forma autónoma e global (holítica!), reservando para os médicos o diagnóstico, estudo e investigação das patologias nas suas várias especialidades!!

Ou prefere tornar-se naqueles países onde as Enfermeiras gerem as agendas médicas, marcando-lhes as consultas? Não queira colega. Chegamos até aqui, agora não vale a pena regredir, pois não?

sexta-feira, março 28, 2008

Enfermeiros no pré-hospitalar - Duarte Caldeira e o paranormal!

É por isto e por outras coisas que gosto de viver em Portugal. É porque existem "sumidades" como o ilustre Duarte Caldeira (presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses e conhecido anti-Enfermeiro) que fazem com que o nosso país evolua (erradamente) no âmbito da emergência pré-hospitalar!

Este senhor (que gosta de tratar os Enfermeiros por "iluminados") anda por aí a mandar uns soundbites acerca da criação da figura do paramédico em Portugal.

Estou certo que o Duarte Caldeira (DC) percebe muito de mangueiras, incêndios, extintores e escadas telescópicas, estas sim, as verdadeiras vocações dos bombeiros, mas... deixemos a emergência para quem sabe!
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O "pistoleiro" (assim conhecido por alguns) fica incomodado quando se afirma que o INEM deveria ser, em exclusivo, a entidade de regula a emergência médica em Portugal.
Quem mais deveria ter essa competência? Os bombeiros, não? Pois claro!
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O INEM é um adolescente com 25 anos, que ainda está aprender com os seus erros, mas que um dia há-de ser um grande senhor. Ainda é possível apontar alguns defeitos, como uma cobertura ainda não adequada a 100%, mas lá chegará!
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Mas voltemos ao busílis da questão: a criação dos paramédicos!
Numa entrevista ao jornal de Notícias, DC afirmou: "É hora de evoluir para a figura dos paramédicos!" Está na hora sim senhor, mas é de ter cultivar bom-senso!
Segundo o mesmo, estes (os tais paramédicos) teriam "competências mais alargadas" que os actuais Tripulantes de Emergência (TAE)!
Estes "para-remendos" surgiram em muitos países (neste momento perspectiva-se a inversão deste fenómeno) fruto de uma carência de pessoal especializado como Médicos e Enfermeiros.
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Em Portugal, actualmente, existem Enfermeiros q.b. para evitar esse caminho (seria nivelar por baixo). Quando temos profissionais habilitados disponíveis, para quê formar uma nova classe para remediar? Ridículo! É lógico que se temos cabedal, não queremos uma imitação de plástico!
A Ordem dos Enfermeiros, que mantêm o blackout acerca desta questão (emitiu uma vez um enunciado de posição relativo ao pré-hospitalar, que pautou pela indiferença de certas pessoas e insituições!), têm aqui uma boa possibilidade de mostrar aos Enfermeiros a sua exigência na dimensão da qualidade nos cuidados de emergência, a sua vontade em criar emprego, alargar as competências dos Enfermeiros e aumentar a sua visibilidade científica, técnica e social! Mais uma prova de fogo!
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Última hora: Há momentos (este post já estava escrito), foi publicado no site da Ordem dos Enfermeiros a seguinte press release (congratulável e merecedora de uma leitura atenta, embora ainda não seja objectiva sobre a questão dos "paramédicos"):
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"A Ordem dos Enfermeiros (OE) reuniu hoje, 28 de Março, com o Presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica, Dr. Abílio Gomes. No encontro estiveram presentes, em representação da OE, a Enf.ª Maria Augusta Sousa, Bastonária, o Enf. Jacinto Oliveira, Vice-presidente, e o Enf.º Júlio Branco, Secretário do Conselho Directivo.
Além da apresentação de cumprimentos pelos órgãos sociais recentemente empossados, a reunião teve como objectivo apresentar ao Dr. Abílio Gomes as principais preocupações da OE relativas à organização da Emergência Pré-hospitalar, bem como o papel que os enfermeiros devem assumir nesta área.
Num clima de grande cordialidade, foram abordadas questões como o mapa nacional de meios de socorro pré-hospitalar, a existência de meios técnicos diferenciados que não são devidamente utilizados por inexistência de recursos humanos, e a necessidade de retomar a constituição de uma «bolsa» de técnicos de saúde qualificados para intervir em situações de catástrofe.
A Ordem dos Enfermeiros abordou ainda algumas questões espelhadas na Tomada de Posição sobre a actuação dos enfermeiros na Emergência Pré-hospitalar, como seja o acompanhamento do doente e a prestação de cuidados desde o local da ocorrência até à instituição hospitalar. A OE sublinhou, junto do Presidente do INEM, que zelará pelo escrupuloso cumprimento dos princípios defendidos nessa Tomada de Posição.
O Dr. Abílio Gomes, mostrou-se sensibilizado com a preocupações transmitidas pela Ordem dos Enfermeiros. De acordo com as suas palavras, os enfermeiros são parceiros fundamentais numa área em que é fundamental articular os vários actores.
O Presidente do INEM referiu ainda que conta com o contributo da OE para a definição de um Plano Estratégico Nacional para a Emergência Pré-hospitalar, instrumento fundamental para o sucesso da intervenção nesta área.
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quinta-feira, março 27, 2008

Os conceitos da semana! - Parte II


"Revolta"

Sentimento unânime que invadiu a classe de Enfermagem. Os Enfermeiros na sua generalidade estão insatisfeitos com a profissão na sua várias vertentes: económica, social, profissional, etc...
"Visita Surpresa"

Ao contrário da OE, a Ordem dos Médicos (OM) zela pela respectiva profissão, usando, inteligentemente, todo o tipo de estratégias. A "Ordem dos Médicos visitou sem aviso prévio e na madrugada do passado dia 26 de Março os Serviços de Urgência dos dois hospitais da cidade de Coimbra".
Porque é que esta visita teve lugar? "Tal visita destinou-se a verificar o cumprimento dos requisitos técnicos de funcionamento daqueles serviços, nomeadamente a constituição e número de profissionais que formam as equipas médicas, e a adequação da formação dos médicos internos".

E não há lugar a subjectividades nem operações de charme, pois se as instituições de saúde não cumprirem o anterior disposto, o resultado é simples: "a OM pode retirar a idoneidade formativa aos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde que não cumpram as orientações técnicas estabelecidas".
Tão simples para estes, tão complicado para algumas pessoas.

"Cartão Farmácia"

A profissão de farmacêutico resume-se a partir de agora a uma acumulação de pontos num cartão. Mas nem tudo é mau: também serve de cartão de crédito. A profissão de farmacêutico é cada vez mais inerente ao marketing. Lamentável.

"SNS"

O governo fez uma pirueta e aconteceu o inesperado. O Amadora-Sintra vai voltar às mãos do estado. Um cartão vermelho ao exploradores do mal dos outros!

"Fácil"

O Algarve, mais propriamente Tavira tem mais um Centro de Hemodiálise. Até aqui tudo bem. O Director Clínico do respectivo Centro é que não resistiu a uma tentativa de humilhação dos Enfermeiros, mostrando a banalidade que estigmatiza o excesso de profissionais. Não falou em mais nenhuma classe profissional, apenas e só nos Enfermeiros: "Viriato Santos revelou que não existiu qualquer dificuldade em contratar os técnicos de enfermagem para este Centro". Indirectamente fez saber quem manda. "Hoje em dia com as escolas de enfermagem e Universidade do Algarve já é fácil existirem técnicos na área da saúde". Mais claro que isto é impossível! Fica o caminho aberto para a exploração de mais Enfermeiros!

"Acumulações"

É o mais recente bode expiatório para o desemprego dos Enfermeiros. Quando este estiver esgotado, haverá outro. Até que num dia já nem bodes expiatórios existirão. Isto não passa de argumento da lógica da batata - tentar modelar o mercado às necessidades dos Enfermeiros e não o inverso (o mais lógico)!
Antes de mais, penso que todos sabem que a acumulação não é obrigatória. É uma decisão voluntária, logo, não é necessário que alguém venha tentar "libertar" os Enfermeiros deste "problema".

Existem aqui muitos pressupostos falaciosos destinados a atirar areia à cara dos Enfermeiros, principalmente dos mais jovens, fazendo crer que não têm emprego porque alguns colegas acumulam. Isso não é verdade. Não têm emprego porque houve quem fizesse da Enfermagem um negócio (com a conivência de muita gente e muitas instituições, supostamente, reguladoras) formativo de produção massiva!
A acumulação sempre existiu mas, estranhamente, só agora provoca pruridos! Claro que falamos das acumulação remuneradas, pois as acumulações por voluntariado, essas já ninguém cobiça ou está interessado! Aí já não há problemas!
O curioso é que muitos jovens Enfermeiros que se afirmam "totalmente opostos às acumulações", começam a acumular logo que lhes seja oferecida essa possibilidade! Isto reflecte falta de carácter e demonstra que, infelizmente, os Enfermeiros só se preocupam com certos aspectos da profissão se forem atingidos pelos mesmos! Até lá, "porreio, pá"!

Depois há quem venha dizer que se separassem as "águas" do público e do privado - o que acarretaria a necessidade de Acordos Colectivos de Trabalho (ACT) - os Enfermeiros beneficiariam! É certo que o trabalho liberal, lamentavelmente, não é orientado por uma filosofia remunerativa assente em acordos (mas deveria ser!), mas, sinceramente, não estou a ver qual a vantagem da separação das águas.
O resultado final será sempre a diminuição salarial dos Enfermeiros, o que arrasará ainda mais a classe! Como é fácil compreender, o poder explícito de determinada classe encontra grande parte da sua justificação no seu status económico!

Exemplos: a regime de tempo inteiro, no ACT da Hospitalização Privada (HP), um Enfermeiro Especialista (por exemplo) atinge no topo da carreira cerca de... 1.630,13€! Um Enfermeiro-Chefe cerca de... 1.675,42€! Ridículo!
No Público, o mesmo Enfermeiro Especialista atinge 2.478,27€ (3349€ em regime de horário acrescido) e um Chefe cerca de 2.608,71€ (3525€ em regime de horário acrescido).

E os valores relativos à HP têm mais de 4 anos, agora imaginem negociá-los num período de excesso de oferta, tal como o actual!
Perante isto, mostrem-me lá os anunciados benefícios da separação do público-privado. Será ser explorados, usados e abusados como mão-de-obra barata e banal? Ou humilhados por médicos/administradores/gestores capitalistas? Estou indeciso entre as duas.

"Improdutivos"

Para combater a listas de espera de Oftalmologia, vão ser concedidos incentivos. Vale a pena não fazer nada. Aconselho os Enfermeiros a sentarem-se e ler o jornal, para que logo a seguir reivindicar incentivos para trabalhar! Conclusão: quem não trabalha tem salários mais altos!
Isto é uma questão feudal: "700 oftalmologistas em Portugal é suficiente"!
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"Dependência Médica"
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As Escolas não evoluem, não se adaptam, não ambicionam. E o que acontece? O caricato. Um leigo pode ter mais competências do que um Enfermeiro. Dou-vos o exemplo habitual: qualquer pessoa pode comprar paracetamol numa farmácia e proceder à sua administração (é por isso que é denominada de Medicamento Não Sujeito da Receita Médica - MNSRM). Um Enfermeiro, profissional licenciado, não o pode fazer, legalmente, dentro de uma instituição de saúde. É necessária autorização médica. Ridículo.

Mas, recentemente, em conversa com um membro da OE apercebi-me que o problema é mais grave do que isto. A OE anseia tanto em distanciar o Enfermeiros da medicina que, invariavelmente, acaba por apoiar a sua dependência total. Ou seja, a OE não apoia os Enfermeiros num caso de intubação de urgência, na administração de fármacos para o cumprimento do algoritmo do Suporte Avançado de Vida (protocolo universal de Médicos e Enfermeiros!), etc...

Deixem-me ser mais claro: a OE não apoia os Enfermeiros em nada e ponto final.
Nos países desenvolvidos estimula-se a autonomização dos Enfermeiros, descentralizando o sistema de saúde nos seus vários intervenientes.
Em Espanha pensa-se assim: "O pessoal de enfermagem deveria receitar uma grande variedade de substâncias para numerosas doenças". Aqui (Portugal), não. A cultura do empowerment tarda em chegar! Isso também não consta no dicionário da OE.

quarta-feira, março 26, 2008

Os conceitos da semana! - Parte I


"Balbúrdia"

É o que se passa com a Ordem dos Enfermeiros (OE). Ninguém respeita. Esta entidade - supostamente reguladora da profissão - não tem capacidade para rigorosamente nada. Não tão pouco faz respeitar as recomendações que emana.
Há pouco tempo, na sua revista, declarou incompatível a profissão de Dentista e de Enfermeiro. O certo é que muitos Enfermeiros são Dentistas em acumulação. Sem problemas.
Outro exemplo: a OE deu a conhecer, publicamente, a sua posição sobre os Enfermeiros no Pré-hospitalar, mas ninguém parece respeitar. Não existe autoridade. Nem jurídica, nem social, nem moral! As funções dos Enfermeiros são usurpadas, diariamente, por este Portugal fora, e quando o denunciamos, a OE não faz escutar a sua voz, ou então é simplesmente ignorada.

Nem existe uma clara regulação em nada. É pena. Fui um dos muitos Enfermeiros que lutou e apoiou a sua criação em 1998. O mandato da Enfª. Maria Augusta de Sousa (MAS) ficará - sem dúvida - conhecido como o "período negro" da Enfermagem.


"Audiência"

Decorreu no dia 24 de Março a aguardada audiência com o Dr. Mariano Gago, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Como sempre, a OE, desiludiu em alguns aspectos.
A impossibilidade do desenvolvimento, neste momento, do ensino da profissão deitou por terra as expectativas da classe. A OE emitiu o seguinte comentário:

"o Prof. Mariano Gago afirmou que a legislação em vigor não permite, neste momento, mais do que a consolidação do ensino de Enfermagem num 1º Ciclo de 240 créditos (quatro anos)"

A OE defende que a profissão de Enfermeiros possa apenas ser atribuída a quem for detentor de 2 ciclos de ensino. Concordo em absoluto. Continuando:

"A estabilização deste quadro permitirá, no seu entender, a manutenção das competências que, desde 1999, são objecto do ensino da Enfermagem."

Aqui reside um grande problema. As competências dos Enfermeiros. É completamente desadequado o pensamento sobre esta questão. Num mundo onde todas as profissões evoluem numa perspectiva científica, técnica, social e humana, a OE contenta-se com competência do século passado literalmente.

Assunto seguinte: a regulação da oferta formativa. A julgar pelo comentário da OE, esta assunto foi abordado como uma preocupação secundária. Até porque "Portugal tem falta de Enfermeiros" - diz a OE. A minha oferta de mil euros ainda se mantêm de pé!
Resta o contentamento pelo reconhecimento da inexistência de recursos humanos, técnicos e estruturais para formar tantos Enfermeiros com a qualidade exigida à profissão, vai daí a OE comprometeu-se "apresentar ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, na primeira quinzena de Abril, um conjunto de dados que permitirão a adopção de medidas".
Ainda que analisando este problema empriricamente, as vagas do ensino de Enfermagem deveriam ser racionalizadas e diminuídas para valores inferiores a 50% das actuais.
Formar para o desemprego é apavorante, formar sem qualidade é perigoso e imprudente!

Em suma, uma audiência pouco fértil. A Enfermagem continua a afundar-se (como o Titanic) sob a batuta da Enfª. MAS!

"15 mil"

Existem "cerca de 15 mil estudantes de Enfermagem nos vários estádios do ensino, distribuídos pelos 42 cursos existentes em todo o país". Ou seja, dentro de 4 anos seremos cerca de 70 mil!! Lembrem-se que o desemprego começou quando foi ultrapassada a barreira dos 50 mil! Para reflectir, deixo-vos "números oficiais" de Abril de 2007:

> 50353 Enfermeiros no activo;
> 5022 sem actividade declarada (desemprego?);
> 34134 Enfermeiros a exercer nos hospitais;
> 7568 Enfermeiros a exercer nos Centros de Saúde;
> 2469 Enfermeiros a exercer no privado;
> 2223 Enfermeiros estrangeiros a exercer em Portugal.
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O excesso de profissionais, faz com isto acontença. Se houvesse escassez, ninguém se atreveria!

segunda-feira, março 24, 2008

Ofereço 1000 euros!

Um comentador disse isto:

"Na realidade não há excesso de enfermeiros, há até uma enorme falta para que se possa dizer que temos um rácio de enfermeiro por mil habitantes considerável"

Ouve-se dizer que Portugal, comparativamente, tem um rácio de Enfermeiros inferiores ao de muitos países e à média da OCDE! Se, no nosso país, englobassemos nestas contas os AAM's ("grosseiramente" equivalentes a auxiliares de Enfermagem), então o nosso rácio seria semelhante aos bonitos rácios europeus!

Ofereço mil euros a quem der o exemplo (e provar!) de mais de 10 países (em todo o mundo!) com um rácio de Enfermeiros diplomados (equivalente ao mais alto grau formativo no país em questão, ou seja, com o curso de Enfermagem completo e reconhecido academicamente como Enfermeiro diplomado!) superior ao nosso (5,5 enf/mil hab.), sem que sejam atingidos pelo desemprego!!
Ouviram bem: mil euros!! Há candidatos?


P.s. - Portanto, não se esqueçam, auxiliares, técnicos de Enfermagem e afins graus inferiores, muito comuns pelo mundo fora, não são contabilizáveis!! Boa sorte!

sexta-feira, março 21, 2008

Uma perspectiva ignorante!

Perspectivava-se uma conversa serena e off-the-record com um Administrador Hospitalar (em funções num Centro Hospitalar) - cujo tema versava sobre cumprimento dos direitos das várias classes profissionais - mas o rumo da mesma foi tomando destinados não planeados. Dizer-vos que fiquei atónito com os comentários relativos à Enfermagem, não é suficiente (mas não é o único). Numa filosofia de partilha, vou (tentar) reproduzi-los textualmente:

"Os Enfermeiros têm pouco interesse para os Conselhos de Administração, ao contrário dos médicos que são escassos e temos que cativá-los quanto mais não seja com bons salários, por isso nas reuniões de conselho nem se discute sobre Enfermagem. Não é necessário."

Mas, calmamente, prosseguiu:

"Pode ter a certeza que, nem que fosse pelo salário mínimo, teria sempre Enfermeiros para trabalhar"

"Não precisamos de pagar horas extra aos Enfermeiros, aliás, essa questão nem se coloca. Mas não é possível seguir a mesma política com a classe médica, somos mesmo obrigados a compensá-los"

"Os Enfermeiros não são valorizáveis. Não têm autonomia que lhes permita uma produção hospitalar independente"
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"Imagine que tínhamos problemas com uma equipa de Enfermeiros... no dia seguinte apresentávamos uma equipa nova e estava feito. Lembra-se do exemplo de Vila Real?"

Sem surpresas, concluiu:

"A política educativa facultou uma avalanche de Enfermeiros que só ajudou os Conselhos de Administração - deixou de haver problemas com Enfermeiros. Nem sequer é preciso aliciá-los! Os técnicos de diagnóstico e terapêutica também. Deixam-me dormir descansado."

(Para quem não se lembra do "exemplo de Vila Real", que ficou conhecido em todo o país, fica aqui um refresh: quando a equipa de Enfermagem da UCI de Vila Real alegou falta de condições laborais e ameaçou pedir transferência em massa, o respectivo Administrador Hospitalar respondeu assim:
"ficaria mais preocupado se os médicos, que são quem trata os doentes directamente, me pusessem problemas, pelo contrário, é um serviço de excelência"
O caso foi dado a conhecer à Ordem dos Enfermeiros, que nada fez.)
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E isto são apenas alguns excertos que retive, outros ficam por transcrever. Desta vez, nem teço qualquer comentário. Há que reflectir sobre as nossas estratégias profissionais (no âmbito pessoal e da classe). A verdade é só uma: enquanto gestores com este tipo de mentalidade e parca inteligência existirem, a saúde em Portugal não aprensenta bom prognóstico. O exemplo que veio do Reino Unido mostra bem porquê.
Desejo uma boa Páscoa a todos os colegas.


terça-feira, março 18, 2008

Boas notícias, (muito) más notícias, polémicas e a reunião mais aguardada por todos!


Os últimos tempos têm sido férteis em acontecimentos que envolvem Enfermeiros. Vejamos:

1 - A Ordem dos Enfermeiros (OE), reflectida numa ligeira alteração de posição/discurso, alerta para a actual deficiente formação dos Enfermeiros. O Jornal Correio da Manhã é claro: "Formação piora nos Enfermeiros"!
A falta de "regulamentação e fiscalização" permitiu a degradação da mesma. Com pena dos profissionais de Enfermagem, a OE, como entidade reguladora, demitiu-se dessa função. Não podemos esquecer a alínea j, do ponto n.º 2 do artigo 3º do Estatuto da OE: "Fomentar o desenvolvimento da formação e da investigação em Enfermagem, pronunciar-se sobre os modelos de formação e a estrutura geral dos cursos de Enfermagem". Mais objectivo do que isto, impossível!

A Bastonária alertou, também, para as consequências nefastas do "boom de escolas de Enfermagem" e para a impossibilidade de ser manter a actual situação! (Todos nós, Enfermeiros, sabemos que a raíz da maior parte dos nossos males é o excesso de oferta de profissionais. As suas consequências são múltiplas: desemprego, salários baixíssimos e incompatíveis com as nossas funções, falta de poder reivindicativo, humilhação no seio multi-profissional, más condições de trabalho, desmotivação, diminuição da auto-estima e auto-realização, precarização laboral, etc...)

O discurso populista é óbvio, mas aguarda-se aquilo que todos pretendem: medidas concretas! A viragem discursiva - pelo menos - já é um ponto positivo, e se a OE se juntar às força de 55 mil Enfermeiros, estou certo que o futuro será promissor!

2 - Os incentivos dos profissionais de saúde das USF's geraram as maiores discussões e controvérsias. Muito se disse e se escreveu sobre isto: que os médicos ficariam arredados dos mesmos, que os incentivos dependeriam da performance institucional e clínica, etc...
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Pelo meio houve ainda lugar para as habituais "pérolas": a FNAM (Federação Nacional dos Médicos) afirmou publicamente no Jornal Tempo Medicina que não "abdicaria do princípio da proporção relativos à diferenciação técnico-científica dos vários profissionais na atribuição desses incentivos", enquanto, simultâneamente, a OE e Sindicatos de Enfermagem defendiam a equidade dos mesmos! Ou seja - para ser mais objectivo - a intenção da FNAM era que os Enfermeiros auferissem valores inferiores aos dos médicos (independentemente do montante atribuído a estes, o importante era ser superior ao dos profissionais de Enfermagem)!
Mas o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) foi claro: "os Enfermeiros não admitem discriminação na questão dos prémios de desempenho relativamente a outros profissionais, designadamente em relação aos médicos"!
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O acordo está à vista: os incentivos já não dependerão da performance institucional e clínica! Os restantes pormenores deverão ser conhecidos em breve.
O Sindicato de Enfermagem (SE), por seu lado, argumenta que este acordo é pobre, pois "não estando determinados os quantitativos dos tais incentivos financeiros, expressos em números de euros", tudo isto não passa de "um punhado de areia atirado aos nossos olhos e de quem estiver a olhar para esta problemática". Afirma ainda que a sua proposta era mais ambiciosa e minorava as desigualdades entre Médicos e Enfermeiros, pois o proposto no DL 298/2007 de 22 de Agosto atribuía "quatro mil e quatrocentos e setenta euros mensais, (4.470,00€) mensais, rotulados de suplementos, para médicos e, somente, novecentos euros (900,00€) para enfermeiros".

3 - A Ministra da Saúde afirmou que está a ser estudada "a possibilidade de alguns atendimentos e triagens, nos Centros de Saúde, serem efectuados por Enfermeiros". Esta questão está a ser analisada conjuntamente com a OE.

4 - Um dos piores receios: a criação da figura do paramédico está ser equacionada em Portugal! No nosso país, os Enfermeiros podem assumir perfeitamente esse papel!
Existem, actualmente, Enfermeiros suficientes para evitar evitar a criação dessa figura. Mais grave será se as respectivas funções seguirem os moldes de alguns países, que neste momento retrocedem a esse nível, reatribuindo novamente aos Enfermeiros esse papel!
Ainda mais grave: existem colegas a promover esta situação! Aguarda-se uma posição firme da OE!
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5 - A Revista Visão deu ênfase à investigação realizadada pela Enfª. Ana Paula Cunhal Henriques (Especialista em Enfermagem de Reabilitação) no âmbito da sua tese de Mestrado (Mestrado em Medicina do Sono da Faculdade de Medicina de Lisboa).
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6 - A Revista EMHarmonia (edição 5.08) da Abbott - onde habitualmente são publicados diversos artigos de Médicos, Enfermeiros, Nutricionistas e outros profissionais - apresenta como artigo de capa um trabalho intitulado "Boas razões para um sono", onde o sites de Enfermagem são indicados como referência para aprofundar pesquisas sobre o tema (reconhecimentos dos Enfermeiros como provedores de conhecimento científico).
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7 - Recomendo três leituras rápidas: "O sentido da responsabilidade que a profissão exige, faz dos Enfermeiros pessoas diferentes" (Jornal Correio da Manhã) e "E quando o doutor não é o médico? Quando o doutor é o Enfermeiro." (Academia Americana de Médicos de Família), assim como a posição relativa a este tema, da Associação Americana dos Colégios de Enfermagem (sigla traduzida à letra).
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8 - Por fim, a OE irá reunir com o Prof. Mariano Gago, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A reunião, "muito aguardada", e talvez uma das mais importantes para a classe, versará sobre:
> A adequação do Ensino Superior ao Processo de Bolonha e as suas implicações no ensino de Enfermagem;
> A necessidade de reorganizar a oferta formativa em Enfermagem.
A oportunidade de ouro para tentar resolver o maior problema dos Enfermeiros é já no dia 24 de Março!!

segunda-feira, março 17, 2008

Mais uma vez... a culpa é dos Enfermeiros, quem mais?



A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM), preocupada com a possibilidade do desemprego médico, emitiu um comunicado interessante que pouco nos incomodaria, ou não fossem os Enfermeiros os culpados pela falta de médicos (aliás, nem os Dentistas escapam e são acusados de quererem ser médicos "à força" só para escapar ao desemprego...)!

É uma estratégia curiosa a de lançar a "casa do vizinho" para o fogo, na esperança que a nossa não seja invadida pelas chamas. Interessante, é a comparação de rácios que a ANEM faz - compara o rácio de médicos em Portugal com o de países carentes no âmbito da mão-de-obra médica, e, propositadamente, o rácio de Enfermeiros em Portugal é comparado com o de países onde as contas são feitas com auxiliares de Enfermagem à mistura para sobrestimar os números!
O resultado: a ilusão de que Portugal tem médicos suficientes, mas falta de Enfermeiros! Assim, inteligentemente, passam a "batata quente" para as mãos dos outros!

Há alguns anos atrás, para quem se recorda, quando foi anunciada o aumento do número de vagas nas faculdades de Medicina, a Ordem dos Médicos afirmou que também "deveriam ser aumentadas o número de vagas para Enfermagem"!

É perigosa a mania de tentar gerir a casa do vizinho! Deixo um excerto do "comunicado":

"Não há falta de médicos em Portugal. Com 318 médicos/100000 habitantes temos um número de médicos superior ao de outros países com sistemas de saúde bem mais evoluídos e eficientes que o nosso, como sejam o Reino Unido (164/100000), a Suécia (287/100.000) e a Dinamarca (284/100.000).

Por outro lado, a nível de pessoal de enfermagem, Portugal apresenta um número de profissionais inferior a metade da média europeia, cifrando-se nos 367 enfermeiros por 100.000 habitantes, e a longa distância de Países como a França (669/100.000), Suécia (843/100.000) e Dinamarca (937/100.000).
A errónea impressão da falta de médicos, resulta de as populações sentirem, de facto, uma “falta de médicos” que, embora preocupante, nada tem a ver com o número de médicos mas sim com diversos outros factores: uma clara má distribuição dos recursos existentes, a falta de enfermeiros, falta de clara definição de tarefas entre os vários profissionais de saúde (resultantes da não definição do acto médico) e a deficiente informatização dos serviços."

sábado, março 15, 2008

Enfermeiros exigem!

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Os Enfermeiros não acham justo a regulamentação dos ACES - Agrupamentos de Centros de Saúde (depois de publicada)! Exigem outras condições (depois de publicada)! Exigem ser reconhecidos (depois de publicada)!

sexta-feira, março 14, 2008

Proposta salarial para a nova carreira de Técnico Superior!

Ex.mos colegas,
já é conhecida a proposta remuneratória para a carreira de Técnico Superior prevista pela Lei dos Vínculos, Carreiras e Remunerações. Para a profissão de Enfermagem (supostamente a integrar nesta categoria), mesmo sendo negociada como carreira especial, é legítimo supor que seguirá uma linha de orientação salarial semelhante. Numa primeira análise é possível constatar que o topo salarial sofreu um incremento, ao contrário do ponto de entrada, que sofreu um retrocesso relativamente à antiga carreira de Técnico Superior.
A proposta é a seguinte:


terça-feira, março 11, 2008

Ninguém lhes disse que o "balde" está roto?

As diversas entidades envolvidas na defesa e regulação da profissão de Enfermagem apelam constantemente à disponibilização e desbloqueio de novas vagas de acesso, para Enfermeiros, ao SNS. Simultaneamente, enquanto uma mão persegue este objectivo, a outra, por desleixo, perde o que a primeira tenta alcançar.

A substituição de Enfermeiros por outros profissionais é já demasiado evidente em vários sectores da Saúde, e encontra em todos nós uma passividade que nunca presumi ser possível. Alguns, mais atentos e inquietos, vão denunciando irregularidades várias, nomeadamente no que toca a usurpação de funções, sem que as referidas entidades arrostem esta questão de forma eficaz.
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Sendo assim, será que o "balde" está irremediavelmente roto? Que estratégias desenvolver?
A indefinição do acto de Enfermagem é um dos argumentos que encobre estas tentativas de substituição que, à posteriori, se afirmam como perigosas para a segurança dos utentes.
A título de curiosidade e exemplificação das vantagens da definição da esfera/competências do exercício profissional dos Enfermeiros (para evitar furos no "balde") - e como hoje é o dia mundial do rim - tomo o exemplo da diálise, que sendo uma área de actuação, por excelência, dos Enfermeiros, faz-se orientar por linhas legislativas que, apesar de algumas inespecificidades, não deixam grandes margens para dúvidas acerca da insubstituibilidade dos profissionais de Enfermagem. Eis alguns "pontos" ilustrativos da referida legislação que sustentam o raciocínio (artº 241/2000):
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"(...)
4 — As unidades periféricas [unidades de diálise] classificam-se, quanto aos cuidados prestados, em unidades de cuidados diferenciados e unidades de cuidados aligeirados.
5 — As unidades de cuidados diferenciados são unidades de hemodiálise em que os actos e as técnicas dialíticas são executados por enfermeiros.
6 — As unidades de hemodiálise de cuidados aligeirados são unidades de hemodiálise em que os actos e as técnicas dialíticas são executados pelos próprios doentes sob supervisão de enfermeiros e destinam-se exclusivamente a doentes com aptidão para efectuar hemodiálise com, pelo menos, três meses de ensino, treino e provas de aptidão favoráveis."
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O mesmo (normas legisladas e reconhecidas) se poderia aplicar a outras áreas de actuação/exercício dos Enfermeiros.

Rorschach para Enfermeiros!

O que vêem na imagem de cima? Os testes (manchas) de Rorschach são sobejamente conhecidos. O Psiquiatra Hermann Rorschach assegurava que, através da interpretação individual da respectiva mancha, podia compreender a dinâmica psicológica da pessoa em questão.
Os Enfermeiros não fogem à regra. Enquanto uns vêem, na mancha que encima o post, a "remodelação da carreira", outros garantem ver a "admissão massiva de Enfermeiros no SNS". Estou certo que o sindicato vê ali uma "grande manifestação", enquanto que a Ordem, mais comedida, vê ali reuniões, ponderações, "cartões", "talões" e outras "complicações" (espero que o Pingo Doce não me acuse de plágio!).
Os outros 55 mil Enfermeiros - à minha semelhança - que desejam arduamente ver ali uma esperança, perspectivam exactamente o mesmo que eu: uma mancha estúpida!
Para bons entendedores, o post fica por aqui...

segunda-feira, março 10, 2008

Idoneidade aureus meticilino-resistente!

Quando para a Ordem dos Enfermeiros (OE) é tudo tão complicado, para a Ordem dos Médicos (OM) a simplicidade é o lema diário (ver notícia do Jornal Expresso abaixo). Quando para a OE é tudo moroso, para a OM a rapidez é banal.
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O problema é antigo mas de tão fácil resolução - a falta de qualidade dos muitos locais de "estágio" dos alunos de Enfermagem. Quando esta questão é colocada à OE, a resposta é composta por um conjunto de divagações, boas intenções e ausência de acções.
A OE reconhece o problema. E não é apenas mais um problema. É um dos maiores problemas da Enfermagem. Só isso. Medidas urgentes exigem-se .
A OE propôs reconhecer e certificar os campos de estágio que preencham determinados critérios qualitativos e quantitativos (no âmbito do MDP - Modelo de Desenvolvimento Profissional), para que o ensino de Enfermagem se constitua ao mais alto nível. Até agora nada.

A OM, essa, não vai por meias medidas. Certificou a idoneidade de uma instituição privada para a formação de especialistas em Pediatria (que é o mesmo que dizer que mais nenhum privado tem autorização para formar médicos). Exigência e rigor acima de tudo. Bons profissionais exigem boas condições formativas. Isto é tão simples (mas complicado para algumas cabeças).
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Enquanto uns não "brincam em serviço", a OE continua na sua jornada, lenta e contaminada pela inércia, a caminho de não sei muito bem o quê... entretanto, vamos assistindo à formação de Enfermeiros em creches, lares, escolas, infantários, casas de repouso e sabe-se lá mais o quê...
Aproveito para tomar a liberdade de aconselhar à OE um "estágio" na OM para ver se aprende como é que se fazem coisas, bem feitas de preferência, com rapidez, eficácia e eficiência.

Posto isto, resta-me referir que a OE teve uma reunião com um Engenheiro, não um qualquer, mas com o Primeiro Ministro (e Ministra da Saúde). Vai daí que nós, Enfermeiros, pensávamos que a Senhora Bastonária (e Companhia) iria abordar amplamente o tema que nos preocupa a todos nós: o desemprego causado pelo excesso de formação! Mais um puro engano. Outro.
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No site da OE é possível ler que "o Senhor Primeiro Ministro assumiu o compromisso de reforçar as dotações de profissionais - nomeadamente enfermeiros - de acordo com as necessidades dos serviços de saúde, bem como de impedir que jovens Enfermeiros fiquem no desemprego". Isto não passa de uma asseveração ilusória e concebida para atirar mais uns grãozinhos de areia para os olhos de quem se esforça diariamente.
O que o senhor Primeiro Ministro (PM) afirmou foi que iria desenvolver "esforços" no sentido de incrementar o número de profissionais de saúde no SNS. Entediado, acrescentou ainda que era intenção do governo satisfazer as necessidades dos utentes...
A OE concluiu daqui que o PM iria impedir que os "jovens Enfermeiros fiquem no desemprego". Ora, politicamente falando, a admissão de uma dúzia de profissionais de Enfermagem pode ser considerada como um "incremento"... faço-me entender?

a admissão Enfermeiros não resolve o desemprego, até porque as necessidades não são infinitas e eternas (e as vagas são escassas)... a redução do número de vagas nas Escolas dava algum jeito, não?
Como a OE passa os dias a dizer que esse assunto é do âmbito da tutela, houve quem supusesse que esta reunião seria fulcral para discutir esse aspecto, mas a OE... permaneceu ao seu nível: em silêncio! É um boa atitude, sim senhor, não haja dúvidas!!
O resto da reunião decorreu na linha das intenções mínimas esperadas pelos Enfermeiros...
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Mas, sem dúvida, a grande surpresa ("recado" do Sindicato Independente dos Médicos - SIM) vem a seguir!

sábado, março 08, 2008

100 mil é obra!!!!

100 mil professores uniram-se em prol da classe (apesar da "intimidação" e "perseguição" das autoridades policiais...)!!
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Um aspecto curioso que me foi possível constatar em conversa com um professor que não pôde assegurar a sua comparência na manifestação (motivo: doença), foi o facto de eles admitirem que consideram os "Médicos e os Enfermeiros mais unidos do que os Docentes", o que me leva a pensar que, à semelhança da velha tradição portuguesa, a "casa" do vizinho é sempre melhor do que a nossa!
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Relativamente a nós, Enfermeiros, por estes lados assim como por outras bandas, aponta-se o dia 12 de Maio (dia do Enfermeiro) como o nosso dia "D"...


sexta-feira, março 07, 2008

70 mil!


Amanhã, sábado, dia 8 de Março de 2008, é esperada, em Lisboa, uma manifestação com a participação activa de cerca de 70 mil Professores, numa luta pelos seus interesses individuais e colectivos. Repito: 70 mil! E os Enfermeiros?


...E Enfermeiro?


Um por todos e todos por um...


"Ao Dr. Enfermeiro,
Aos Membros da Ordem (Orgãos Sociais Nacionais e Regionais,
Aos Sindicatos dos Enfermeiros SE, S.I.P.E (FENSE) e SEP
Aos Colegas,

Um dia Martin Luther King começou um discurso com uma frase histórica : I have a dream...
Os Enfermeiros deste País não terão futuro sem união. Debatemo-nos com problemas graves aos quais a Classe na sua maioria parece alhear-se.
O processo de Bolonha veio trazer novas incertezas à profissão. Quantos de nós sabem o que este processo implica? Master ou Bachelor? Uniformização dos Planos de Estudos? Como é possível que se estejam a preparar Enfermeiros Especialistas nos moldes do Processo de Bolonha em algumas Escolas e simultaneamente com base no modelo que todos conhecem, noutras? Parece-me necessário parar para pensar nesta e noutras discrepâncias.

A ordem dos Enfermeiros deveria primeiro definir convenientemente o Plano de Estudos do Curso Superior de Enfermagem e do Exercício profissional Tutelado e impô-los a todas as Escolas através do Ministério do Ensino Superior, a fim de se uniformizar a formação dos futuros Enfermeiros e até dos actuais.

Não se pode permitir que cada cabeça dite a sua sentença. Se os muitos Enfermeiros Europeus ficam satisfeitos com o título académico de bachelor (Bacharéis), os Portugueses não devem aceitar menos do que já têm há alguns anos, daí que master será o mínimo necessário.

Se a Ordem afirmar que não reconhecerá os títulos académicos não homologados e não aceites por Ela, para validar o título profissional talvez as Escolas de Enfermagem pensem duas vezes antes de aliciarem os alunos.

Caros Membros da Ordem, não basta falar informalmente com os membros do Governo sobre o assunto, é preciso apresentar uma proposta fidedigna que seja aprovada e aplicada uniformemente em todas as Escolas Superiores de Enfermagem, seja ao nível da Licenciatura (master) seja ao nível mais graduado de formação.

Se a força para implementar tais medidas não for suficiente alertem os Sindicatos dos Enfermeiros e eu tenho a certeza que todos eles darão o apoio necessário para que as mais elementares pretensões dos Enfermeiros não se percam nos bastidores do poder político.

Há outras reivindicações que são de âmbito sindical. Conhecêmo-las. Estão aliás bem patentes. São pretensões exclusivas da nossa classe que não me canso de repetir : Carreira de Enfermagem, tabela salarial, avaliação, especifidade da profissão de enfermagem, desgaste e penosidade do exercício profissional, para que o tempo de serviço e idade da reforma não sejam as que o Governo ditou à margem das negociações com sindicatos.

Caros colegas, corremos o risco de (como me disse um colega no seu modo humorista) andar a administrar a terapêutica aos doentes com o auxílio de um andarilho...

Estas são reivindicações nossas, de uma Classe com todos os requisitos para ser uma Classe com uma carreira Especial. Por isso eu não acredito em generalidades na luta,já que as especifidades da Profissão não se enquadram numa luta generalista em que a Enfermagem é só mais uma, num conjunto de muitas profissões.

Restringir a NOSSA LUTA ao que nos diz especificamente respeito seria a maior bofetada de luva branca que a Enfermagem daria a quem com responsabilidades de Governação se acha no direito de impôr unilateralmente disposições legislativas, atentatórias da nossa dignidade .

No calendário das formas de luta os Professores surgem isolados (70000) na sua greve e na sua manifestação. Os Enfermeiros no activo com nomeação definitiva ou com contratos de trabalho por tempo indeterminado, os Enfermeiros no desemprego, os Enfermeiros com contratos precários, pagos na sua maioria a preço de saldo, os alunos das Escolas de Enfermagem, não merecem eles também uma luta só deles? Por isso, eu contestei a amálgama desta luta massificada que nos ofusca a identidade de sermos Enfermeiros.

A sabedoria popular é pródiga em sentenças do senso comum: quando a esmola é muita o pobre desconfia.....Iluminou-se a alma de muitos Enfermeiros e a minha também, quando o SEP anunciou esta jornada de luta demonstrando o descontentamento da Classe; iluminou-se a alma de muitos de nós e a minha também, quando pensamos que a luta seria a NOSSA LUTA ; iluminou-se a alma de todos quando acreditamos que os sindicatos dos Enfermeiros SE e S.I.P.E. ((FENSE)) e SEP dariam as mãos nesta luta pela Enfermagem; obscureceu-se a alma da Enfermagem quando se deparou com uma luta conjunta com outros sindicatos, que não de Enfermeiros.

Porque esta luta é NOSSA e somos nós que a temos de LUTAR. Os Enfermeiros têm que reaprender a organizarem-se, sem dependerem de um conjunto, que embora muito digno, não LUTA nas nossas trincheiras específicas.
Os Enfermeiros têm de reaprender a ter a coragem que dá a força; Os Enfermeiros têm de reaprender que a intimidação e a propaganda do medo são a arma dos que nos querem amordaçar e derrotar, recusando-nos o direito de ter direitos. Os Enfermeiros têm de reaprender a unir esforços e vontades, em volta dos representantes sindicais. Os SINDICATOS DOS ENFERMEIROS têm de reaprender a dialogar, a unirem-se, a lutar pela Classe.

OE, SE, S.I.P.E. (FENSE) e SEP unam-se pela Enfermagem e aí sim eu direi: A Alma da Enfermagem voltou a sorrir.
Um abraço colegas.
Margarida de Barros"

quarta-feira, março 05, 2008

Manifestação de Enfermeiros...


"A união faz a força" (Ditado Popular)
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A recente publicação da nova Lei dos Vínculos, Carreiras e Remunerações vem, entre outras coisas, "obrigar" os Enfermeiros a manter o salário de bacharel, mesmo após a nossa integração na carreira de Técnico Superior, o que defrauda seriamente as nossas justas expectativas! Muito importante: ler isto!
À semelhança de outras classes profissionais (Professores), torna-se premente mostrar o nosso descontentamento através da nossa representação massiva!
O transporte para a referida manifestação é gratuito! (clicar na imagem para ampliar e ler)
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P.s. - Nos últimos tempos, tenho recebido inúmeros e-mails e comentários que propõem a realização de uma mega-manifestação de Enfermeiros, no dia 12 de Maio (Dia do Enfermeiro), fazendo valer várias formas de protesto (brevemente voltaremos a este assunto)! A bola de neve vai ficando cada vez maior...

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Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!