domingo, fevereiro 28, 2010

A sério?


"Um estudo (...) mostra um grande descontentamento do pessoal das USF (médicos, Enfermeiros, pessoal administrativo) em relação sobretudo ao trabalho das administrações regionais de Saúde (ARS). Já em relação ao Ministério da Saúde, o número de descontentes é praticamente igual aos de que concordam com o trabalho da tutela." link

sábado, fevereiro 27, 2010

Reunião negocial de 26 de Fevereiro: nota à comunicação social.

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Hospitais e INEM vão partilhar Enfermeiros!


Não considerando, neste caso, as prováveis segundas intenções do Ministério da Saúde, concordo com este tipo de conceito e modalidade de trabalho, com vantagens evidentes a nível da prática. 
Da mesma forma defendo um conceito semelhante para o meio intra-hospitalar.
O exercício de funções profissionais estritamente localizadas e delineadas é característico de classes não-liberais, com mão-de-obra não diferenciada e mal-remunerada. A tendência revela que à medida que aumenta a fluidez do local de funções (característico das classes profissionais liberais), existe um reconhecimento sócio-profissional mais acentuado e melhores intenções remuneratórias. As classes com maior "índice" de alocação a um local de trabalho (de forma rígida), são, habitualmente, classes operárias, auxiliares e técnicos indiferenciados. 
Esta minha opinião não é relativa ao sistema vinculativo, apenas ao exercício profissional.
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P.s. - Após ler alguns comentários apercebi-me de que, muitos colegas, não interpretaram bem as minhas palavras. De certa forma também não fui suficientemente claro. 
Sou a favor da especialização dos cuidados de Enfermagem, obviamente. 
Esta acumulação dentro do meio intra-hospitalar (que menciono no post) refere-se apenas ao binónimo internamento/urgência dentro da especialidade em que o respectivo Enfermeiro exerce. Suponhamos: um Enfermeiro exerce na pediatra. Algumas horas do seu horário semanal deveriam ser atribuídas à urgência pediátrica. Os Enfermeiros na neuro e ortotraumatologia (etc, por exemplo) deveriam cumprir algumas horas semanais no sector de trauma da urgência, e assim por diante, cumprindo a mesma linha de raciocínio ( este binónimo pode, igualmente, seguir outros critério de agrupamento, tal como modelos e paradigmas da Enfermagem).
Desta forma, os cuidados especializados desenvolvem-se dentro da respectiva área.

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Reunião com o Ministério da Saúde (26/Feveveiro)!


A reunião já terminou. Não houve grandes avanços, o debate foi relativo a questões de enquadramento legal. Foi marcada nova reunião para dia 16 de Março. 

Os Sindicatos tiveram que apresentar um parecer jurídico a sustentar a não existência de constrangimento jurídico-constitucional que decorre da não subordinação da negociação da nossa carreira à Lei 12-A/2008  de 27 de Fevereiro, para demonstrar que não há motivo para manterem a questão da transição sem reconhecimento salarial.
A tutela (que dificulta sistematicamente todo o processo) vai avaliar e enviar até dia 16 de Março o seu entendimento jurídico, assim como uma contraproposta à dos Enfermeiros. Como tal, neste encontro negocial não houve qualquer referência numerativa específica ao enquadramento salarial. 
Assim, de forma sustentada, argumentando de forma sólida e inequívoca, os Enfermeiros e a Enfermagem vão conseguir que a justiça seja feita à nossa classe. A tutela intenta por todos os meios invalidar que essa justiça seja conseguida. Desta forma, o caminho a percorrer é um pouco mais longo, mas os nossos direitos serão reconhecidos. Os Enfermeiros não vão permitir que o Governo secundarize a Enfermagem!

"Quem tem paciência, obterá o que deseja."
 Benjamin Franklin

A Ordem dos Enfermeiros (OE) foi recebida numa sessão de trabalho da Comissão Parlamentar de Saúde, da Assembleia da República.


Apesar de o pedido da OE incidir sobre a matéria do regime jurídico de Informação em Saúde e a sua harmonização com o regime jurídico do exercício profissional de Enfermagem, a Comissão decidiu colocar um conjunto variado de questões no âmbito geral da Saúde, sobre as quais quis ouvir a OE.

Algumas das áreas versadas foram:

1. Cuidados de Saúde Primários, nomeadamente no que se refere aos recursos humanos e às Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC);

2. INEM, nomeadamente no que refere aos recursos humanos de Enfermagem e à estratégia futura do instituto na definição dos cuidados pré-hospitalares em Portugal;

3. Transferências de competências entre profissionais de saúde e a tendência de criação de novas profissões no sector da Saúde;

4. Avaliação do Plano Nacional de Saúde 2004-2010 e preparação do novo PNS 2011-2016;

5. Dotações seguras nas organizações de saúde e definição de necessidades de recursos humanos de Enfermagem no sistema;

6. O estado da regulamentação do Estatuto da OE, resultante da Lei 111/2009 de 16 de Setembro;

7. Cuidados continuados e cuidados paliativos;

8. Negociação da carreira dos enfermeiros que exercem funções públicas em ligação à dignificação da profissão e ao valor social do trabalho de Enfermagem.

No que se refere à desarmonia jurídica da norma do nº 5 do Artigo 5º da Lei nº 12/2005, de 26 de Janeiro (Lei de Informação de Saúde) - que estabelece que «O processo clínico só pode ser consultado por médico incumbido da realização de prestações de saúde a favor da pessoa a que respeita ou, sob a supervisão daquele, por outro profissional de saúde obrigado a sigilo e na medida do estritamente necessário à realização das mesmas, ...» - com o princípio da autonomia profissional do enfermeiro - estabelecido no nº 3 do Artigo 8º do Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros (REPE), aprovado pelo Decreto-Lei nº 161/96 de 4 de Setembro -, foi aceite por todos os grupos parlamentares a necessidade de alteração da norma referida. Foi assumido o compromisso da própria Comissão propor a alteração legislativa, com base no Parecer nº 105/2009 do Conselho Jurisdicional da Ordem dos Enfermeiros.

Sobre a desarmonia jurídica das normas da Lei nº 102/2009 de 10 de Setembro (regime jurídico da segurança e saúde no trabalho) - que estabelece, no artigo 104º, que o médico do trabalho é «coadjuvado» por enfermeiro e, no artigo 106º, que o acesso à informação de saúde dos trabalhadores nas empresas está apenas atribuído ao médico – com a norma do nº 3 do Artigo 8º do REPE, foi igualmente aceite por todos os grupos parlamentares a necessidade de alteração
Foi assumido o compromisso da Comissão Parlamentar da Saúde receber o Parecer da OE sobre o assunto e posteriormente enviar para a Comissão de Trabalho, que tem a competência legislativa nesta matéria. link

26...



Hoje, 26 de Fevereiro - após uma esmagadora greve de três dias e de uma manifestação com cerca de 20 mil Enfermeiros - pelas 15 horas, reunião no Ministério da Saúde para apresentação de contra-proposta.

"Um mês depois dos Enfermeiros terem protagonizado a mais longa greve dos últimos 22 anos, com uma adesão acima dos 80%, os sindicatos do sector voltam hoje a sentar-se à mesa com o Ministério da Saúde para negociar a transição da carreira. Os sindicatos esperam abertura negocial e reiteram reivindicações, enquanto o Governo se mostra determinado a levar a sua política até ao fim." link

99% dos Enfermeiros do INEM fizeram greve!




"Liliana Fernandes cumpriu a greve. Mas salvou uma mulher de uma paragem cardio-respiratória. Protesta porque, sem resposta quanto a um futuro na ambulância de suporte imediato de vida que tripula, teme que a emergência pré-hospitalar deixa de ter Enfermeiros.

A jovem Enfermeira é apenas um dos cerca de 130 profissionais que ontem cumpriram 24 horas de paralisação. Estão, na sua maioria, destacados de hospitais para servir nas ambulâncias de suporte imediato de vida (SIV) que nasceram para compensar o encerramento de serviços de urgência. Sem sinais da abertura de um concurso (depois de o anterior ter sido anulado) para fixá-los no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), poderão ter de regressar às instituições de origem. E, assim, estancar um projecto de emergência pré-hospitalar que estendeu a urgência para as ruas.

O protesto, com adesão de 99% (só dois profissionais não aderiram) foi praticamente simbólico: com um Enfermeiro por SIV, os serviços mínimos obrigaram todos os profissionais escalados a estar a postos. E, numa ronda de reportagem pelas SIV da região do Porto, o JN "bateu" várias vezes com o "nariz na porta". Até decidir esperar pelo regresso de Liliana ao Hospital de Santo Tirso. Fala com alma das suas funções e espera apenas que o Ministério da Saúde contorne a imposição legal de limitar a uma a requisição de Enfermeiros. Mesmo em mobilidade, quer é manter o projecto SIV de pé." link

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Que se demita o actual Conselho Directivo do INEM!


"A certa altura temos de afirmar que, com esta gestão, (os elementos do) conselho directivo do INEM serão possivelmente as pessoas menos adequadas ao exercício das funções. Em bom rigor, e se for caso disso, que se demita o conselho directivo do INEM" link

Enf. José Carlos Martins, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses

Impressionante!!




Impressionante: Ministra da Saúde assume publicamente que enfermeiros do INEM podem ser substituídos por técnicos(Notícia Lusa/SOL) e opina sobre as  competências profissionais dos enfermeiros.

Ver texto em amarelo:




«É uma greve sem sentido ou sem razão, dado que não estão em causa os postos de trabalho destes enfermeiros e, portanto, é incompreensível», afirmou Ana Jorge, à margem do Fórum Gulbenkian Saúde, subordinado ao tema Mind Faces - As diferentes faces da saúde mental, que decorre hoje na Gulbenkian, em Lisboa.
Ana Jorge sublinhou que «as pessoas têm todo o direito de se manifestar, mas era bom que o fizessem com a consciência do que é que está em causa».
«Todos estes enfermeiros têm o seu posto de trabalho», disse, lembrando que estão em comissão de serviço no Instituto Nacional de Emergência Médica para este trabalho e que estão «garantidos, pelo menos, durante todo este ano».
Os enfermeiros do INEM iniciaram às zero horas de hoje uma greve de 24 horas para reclamar um plano estratégico para o instituto e a integração dos profissionais da classe nos quadros desta entidade.
Exigindo «estabilidade no exercício de funções nos diferentes meios: ambulâncias SIV (Suporte Imediato de Vida), nas VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação), nos helicópteros e no próprio CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes)», os enfermeiros acusam ainda o INEM de querer substituir os enfermeiros por técnicos menos qualificados.
Segundo Ana Jorge, o Ministério da Saúde está a trabalhar com os enfermeiros e com o INEM para tentar encontrar uma «solução de trabalho que seja benéfica» para os profissionais, as instituições e as populações abrangidas pelo serviço de Suporte Imediato de Vida (SIV), que abrange locais com dificuldades de acesso.
«O trabalho e ocupação destes enfermeiros são diminutos, mas tem de existir e, portanto, estamos a tentar trabalhar uma solução que lhes permita ter um trabalho, quer numa instituição, quer no INEM», sustentou.
A ministra ressalvou que os enfermeiros que estão no SIV não são únicos, há outros tão bem formados quanto estes, considerando que, se estes profissionais tiverem muito tempo neste serviço sem fazerem qualquer outra tarefa, perdem competências profissionais.
Segundo o coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, a greve dos enfermeiros do Instituto Nacional de Emergência Médica registou 99 por cento de adesão durante o primeiro turno de hoje.
«A adesão foi de 99 por cento. Todos os enfermeiros escalados nas ambulâncias SIV [Suporte Imediato de Vida] e nos CODU´s [Centros de Orientação de Doentes Urgentes] fizeram greve, em todo país», precisou José Carlos Martins.
Lusa / SOL

99% dos Enfermeiros do INEM em greve no turno da noite!

"Greve de 99% dos Enfermeiros do INEM" link/aúdio



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Enfermeiros no CODU - Fim?


Isto é apenas a ponta de um iceberg que começa no pré-hospitalar, passa pelo SNS e termina no sector privado. Para que todos os Enfermeiros possam ler, aqui fica, na íntegra, a carta que anuncia o fim dos Enfermeiros no CODU  (Lisboa). Os Enfermeiros "pagam" os devaneios dos outros e a restrição orçamental...


"Exmo. Sr. Enfermeiro

No estrito cumprimento das indicações emanadas superiormente informo que, tendo em conta os constrangimentos legais não é possível manter enfermeiros externos no CODU excepto por contrato de trabalho temporário, que de qualquer forma seria por um tempo limitado.

Em reunião ocorrida na passada semana eu própria comuniquei este aspecto aos elementos que compareceram, tendo ainda informado que a remuneração a pagar mediante um eventual contrato deste tipo seria a correspondente à carreira base de enfermagem, acrescida dos necessários suplementos, devido às restrições orçamentais existentes. Partindo do principio que os enfermeiros presentes representavam a totalidade do grupo e uma vez que recusaram a proposta, não estão reunidas as condições para manter enfermeiros externos no CODU.

Agradeço assim que, na qualidade de Enfermeiro Responsável pelos Enfermeiros do CODU lhes reitere o que havia já sido comunicado na reunião da semana passada, ou seja, que dadas as circunstâncias deixaremos de contar com eles no fim de Fevereiro.

Com os melhores cumprimentos,

Teresa Pinto
Responsável pela Delegação Regional de Lisboa
INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica
R. Almirante Barroso, nº 38, 3º Piso
1000-013 Lisboa
Tel.: 213508161 – Fax 213508144
E-mail: teresa.pinto@inem.pt
www.inem.pt"

GREVE NACIONAL DE ENFERMEIROS DO INEM!


Enfermagem na Área do Pré-Hospitalar está a passar uma fase particularmente difícil. Os nossos problemas são conhecidos de todos.

A ausência de soluções concretas e de perspectivas (Plano Estratégico para esta área) por parte do INEM e do Ministério da Saúde, são evidentes.

Neste quadro:
- a Greve que vamos realizar amanhã, com início daqui a 5h, é muito importante.
- a Unidade e a Determinação de TODOS NÓS é fundamental.
- é importante que todos os colegas disponíveis se envolvam nas diferentes ACÇÕES e INICIATIVAS que estão programadas (Difusão de Comunicados à População e APAREÇAM NAS CONF. DE IMPRENSA DO PORTO, COIMBRA, LISBOA E FARO – Anexos)

É fundamental que os Colegas das diferentes.
- SIVs
- CODUs

ENVIEM SMS, PARA OS TELEMÓVEIS IDENTIFICADOS NO Texto/Anexo “Conferências de Imprensa”, referindo o Posto de Trabalho e adesão à Greve
NOTAS:

1 – Os colegas das VMERS e Hélis que não fazem CODU, QUE NÃO PENSEM QUE ESTA GUERRA QUE ESTAMOS A TRAVAR, NÃO LHES DIZ RESPEITO. O Plano que está em marcha também os envolve a”médio” prazo.
2 – No dia 26/Fevereiro, como sabem, há reunião entre SEP e Ministério da Saúde sobre a Carreira de Enfermagem. INEM vai ser tem obrigatório. Editaremos informação.
3 – Está em curso a organização do Grupo de Trabalho (SEP+AssociaçãoPré-Hospitalar+Ordem Enfermeiros) para organizar base de trabalho sobre “Ideias estratégicas/Pré-Hospitalar” para discussão no Encontro Nacional que (a 19/Dezembro em Coimbra) decidimos realizar.
Abraço

Pel’ o SEP

José Carlos Martins




DIRECTIVAS GREVE
GREVE NACIONAL DE ENFERMEIROS DO INEM
25 de FEVEREIRO de 2010


 
SEGUNDO ACORDO CELEBRADO NO DIA 19/01/94 ENTRE O MINISTÉRIO DA SAÚDE, MINISTÉRIO DO EMPREGO E DA SEGURANÇA SOCIAL E O SINDICATO DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES - SEP
I – ENTIDADES DESTINATÁRIAS DO PRÉ-AVISO
Primeiro-Ministro; ao Ministro das Finanças e da Administração Pública; à Ministra da Saúde; ao Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social; e Instituto Nacional de Emergência Médica, IP.
II - PESSOAL ABRANGIDO
Todos os Enfermeiros que exercem funções no Instituto Nacional de Emergência Médica, IP (Ambulâncias SIV, CODU, Delegações/Back-Office), independentemente do “regime” de prestação de trabalho.

Notas:

1 – Os Enfermeiros que exercem funções, EXCLUSIVAMENTE, nas VMERs e HÉLIs, não estão abrangidos por este Pré-Aviso de Greve.
2 – Todos os Enfermeiros que exercem funções nos CODUs (“internos e externos”) estão abrangidos por este Pré-Aviso de Greve.
3 – Os Enfermeiros que exercem funções em Regime de Subcontratação (Delegações de Lisboa e Faro), através de Empresas Privadas, não estão abrangidos por este Pré-Aviso de Greve.

III - EXERCÍCIO DO DIREITO À GREVE

A adesão à Greve manifesta-se pela não marcação (ponto biométrico) e pela não assinatura (folha de ponto), exceptuando os que asseguram Serviços/Cuidados Mínimos – Ver Ponto V - 3.


IV - PERÍODO DO EXERCÍCIO DO DIREITO À GREVE
Dia 25 de Fevereiro, das 00h00 às 24h00.

Nos termos combinados do artº 57º, nº 3, da Constituição (na resultante da revisão levada a efeito pela Lei Constitucional nº 1/97, de 20 de Setembro), da Lei nº 65/77, de 26 de Agosto, e comprovadamente com a nossa jurisprudência administrativa, os “serviços mínimos” a prestar para ocorrer à satisfação de "necessidades sociais impreteríveis" são, como é prática pacífica de há muito consensualmente firmada (remonta já ao último quartel do ano de 1992), os abaixo indicados:

V – SERVIÇOS/CUIDADOS MINIMOS


1 - O QUE SÃO CUIDADOS MÍNIMOS

Exclusivamente os cuidados de enfermagem que quando não prestados ponham em risco a vida do utente.

2 - COMO SE ASSEGURAM OS CUIDADOS MÍNIMOS

Os cuidados mínimos são assegurados pelo número de enfermeiros igual ao que figurar para o turno da noite, no horário aprovado para o mês de Fevereiro/2010.

Notas:


– Os Serviços Mínimos são apenas assegurados nas SIVs e CODUs
2 – Os Serviços/Cuidados Mínimos são assegurados por 1 Enfermeiro (SIVs e CODUs)
3 – Os Enfermeiros das Delegações/Back-Office que façam Greve podem ausentar-se do serviço.
- Os enfermeiros que, mesmo em greve, tenham de assegurar os cuidados mínimos, mantêm-se no seu posto de trabalho e deverão escrever na folha de ponto “GREVE – A ASSEGURAR OS CUIDADOS MÍNIMOS.”
OS GREVISTAS NA PRESTAÇÃO DOS CUIDADOS MÍNIMOS TÊM DIREITO AO RESPECTIVO ESTATUTO REMUNERATÓRIO – PAGAMENTO DO TURNO TRABALHADO DURANTE A GREVE (preencher impresso em duplicado fornecido pelo SEP para a instituição e para o próprio).


- Os enfermeiros grevistas não têm, o dever legal de render os enfermeiros não aderentes à greve.

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Hoje, quinta-feira, dia 25 de Fevereiro...


... a Enfermagem do INEM está em greve. link

11 anos...


"Os professores têm hoje horários de trabalho completamente absurdos" link

"Mário Nogueira [líder da Fenprof] lamenta falta de tempo para preparar aulas e corrigir testes."

Um primo meu, Professor do ensino secundário, usa os mesmos dispositivos de apresentação (slides expositivos) há 11 anos (!), nem se dá ao trabalho de fazer as alterações correspondentes às mudanças dos conteúdos programáticos.  
Em tempos utilizava 7 testes de avaliação padronizados, que submetia ciclicamente. Demorava "5 minutos" a corrigir e a somar a pontuação de cada um. A "maior parte do trabalho fazia-o na escola".
Apesar de ser reconhecido pelos colegas como um bom docente, a sua formação básica nada tem a haver com a disciplina que lecciona. Aufere quase 2400 euros ilíquidos.

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Concursos da ARS - Quo vadis?


"Anulados e à espera de orientações superiores. As Administrações Regionais de Saúde (ARS) abriram no início do ano concursos para integrar nos quadros da função pública mais de 1500 profissionais que já trabalham em centros de saúde e unidades de saúde familiar mas em vínculo precário. 
A maioria são Enfermeiros (958 só no Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo), mas existem também médicos, técnicos de diagnóstico e assistentes. Poucas semanas depois, todos os concursos foram anulados e, desde então, as ARS esperam indicações do Ministério da Saúde sobre o que fazer. Estes funcionários são considerados indispensáveis para o funcionamento das unidades e uma grande parte tem contratos a termo a terminar, sem hipótese de renovação.
(...)
Os Enfermeiros são uma das classes mais afectadas. " ler mais

A nova era da Enfermagem ("The nursing profession's coming of age")!


As palavras não são minhas, são do Dr. David Bisset, histopatologista do Royal Bolton Hospital, e estão disponíveis no site do British Medical Journal (BMJ)!

"All professions and occupations are human creations and therefore are subject to change. With the widening of roles of many professions, it becomes harder to define what a doctor can do that can't be done by an appropriately trained member of another profession.
Perhaps major surgery and certifying cause of death are all that remains. With the increasing difficulty of getting junior doctors to do anything that may be regarded as work (rather than education) we doctors may be engineering the abolition of our profession, and we may move from distinct professions to practitioners from varied backgrounds being trained for a particular function."

ICU nurses lead way on sedation holding practice!



"UK critical care nurses are leading the way in good practice on regularly interrupting the daily use of sedatives – known as sedation holding – in ICU patients, latest international research suggests." link

O homem da gravata lilás!


"Cavaco Silva recebeu, esta manhã, a seu pedido, os quatro Bastonários da Ordem dos Médicos, Enfermeiros, Dentistas e Farmacêuticos." link

Cavaco Silva já tinha manifestado a sua "preocupação com a área da Saúde, dada a situação financeira do SNS, a instabilidade nos hospitais e os focos de contestação, como o dos Enfermeiros".

No entanto, para a Rádio Renascença, os únicos presentes da reunião devem ter sido os Médicos. Pelo menos, parece.

Por outro lado, ninguém entende o Bastonário da Ordem dos Médicos: "A OM volta a falar na "preocupante instabilidade no Serviço Nacional de Saúde" (SNS) e na crescente carência de médicos."

Uns dias há carências, outros são demais, depois temos estudantes de Medicina revoltados com a possibilidade de desemprego daqui a não-sei-quantos-anos (que invocam estudos deste e daquele), temos Médicos que querem cortar numerus clausus, os sindicalistas também entram no barulho, enfim e etc.
Este tipo de opiniões que variam de acordo com os dias e os interesses (com um ênfase incessante e desinteressante da comunicação social), é ainda mais aborrecido que a que a telenovela da gripe A... 

É agradável ver os bastonários das principais profissões da saúde (deixem-me dizer que folgo em ver o meu amigo Orlando da Silva (OMD) nestas andanças, não subjugado estritamente para o sector privado) juntos, a discutir assuntos de relevo para a saúde em Portugal, mesmo com a gravata lilás do Carlos Barbosa (OF)...
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Na foto: Enf. Maria Augusta de Sousa cumprimenta o Presidente Cavaco Silva

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Enfermeiros de Reabilitação/Fisioterapeutas.


"All nurses can save lifesrehab nurses save the quality of life.
Laura Solkowitz,  RN CRRN 


Os Enfermeiros, por vezes, num atitude pouco reflectida ou ingénua, esquecem-se que a Enfermagem, além de todas as dimensões ético-legais e conceptuais, é uma profissão, que, tal como todas as outras, sobrevive inserida num "mercado de trabalho" (poderá soar mal, mas espero que não me entendam de forma errada). Como tal, compete com outras profissões.
Numa perspectiva teórica, as profissões da saúde seriam perfeitamente definidas e complementares, mas não são. A fluidez da linha que as separa e o devir (mudanças constantes), perturbam o suposto equilíbrio, transformando o sector da saúde (tal como outros) num plano matricial tetradimensional (formação, experiência, competências e responsabilidade), onde cada uma, para benefício individual/classe e dos utentes, tenta conquistar espaço. A história conta-nos que a relação entre Medicina e Enfermagem conhece bem estas transições e reajustes. O novo século trouxe-nos um novo paradigma: morfologias profissionais pseudópodes.

Discuti a questão dos Enfermeiros de Reabilitação/Fisioterapeutas com um dos mais conhecidos docentes de Enfermagem da nossa praça. A sobreposição de conhecimentos e competências, segundo ele, está "mal resolvida na sua cabeça". O certo é que cada vez mais (mais evidente no privado, mas não só...) as equipas de reabilitação ou possuem Enfermeiros Especialistas em Reabilitação ou Fisioterapeutas (o que talvez vá de encontro ao ideal), o que evidencia, que, cada vez mais, o espaço da reabilitação se encurta no que diz respeito à coabitação destas duas profissões. Se fizermos um pequeno estudo longitudinal (nem que seja empírico), constatamos isto mesmo. 
Supondo que, teríamos de escolher um destes dois profissionais (no contexto da reabilitação),  que será o profissional que acrescenta mais-valias profissionais, humanos, técnico-científicas? E ganhos em saúde?
O "mercado" não perdoa e os Enfermeiros de Reabilitação têm perdido "espaço" brutalmente (por ex. recordo-me de um complexo termal que costumava frequentar: há uns anos atrás os Enfermeiros de Reabilitação eram o grosso dos profissionais diferenciados. Hoje resiste apenas um, os restantes são Fisioterapeutas), apesar destes beneficiarem do largo espectro de intervenção, pois associam a Enfermagem à reabilitação, usando (também, mas não só) técnicas que também são empregues e partilhadas pelos Fisioterapeutas.
Vamos pensar nisto de forma séria (deixo um pequeno excerto escrito de um Enfermeiro de Reabilitação aqui no blog, em 2007):

"Esta discussão sobre Enfermagem de Reabilitação e Fisioterapia nem sequer devia de existir.
Eu trabalho no único Centro de Reabilitação Público do País, o CMRRC - Rovisco Pais há 10 anos, coabitamos profissionalmente - Fisiatras, Enfermeiros, Enfermeiros de Reabilitação, Fisioterapeutas (FT), Terapeutas Ocupacionais (TO), Terapeutas da Fala (TF) - e essa discussão sobre uns ocuparem o lugar de outros só se coloca quando os directores de serviço (médicos) preferem Fisioterapeutas para que desse modo possam pôr e dispor dos recursos humanos como querem (FT, TO, TF), tentando a todo o custo bloquear todo o trabalho dos Enf. de Reabilitação, porque estes têm autonomia para exercerem um conjunto de intervenções aos utentes e os Enf. de Reabilitação não estão debaixo das ordens de suas excelências omiscientíssimas da saúde em Portugal. 
No entanto há pontos de diferenciação entre um Enfermeiro de Reabilitação e um Fisioterapeuta, seja em actuações específicas como a Cinesioterapia Respiratória, quando um doente necessita de uma intervenção de emergência, seja trabalho em enfermaria, a maior parte, diria mesma a quase totalidade dos Fisioterapeutas tem muita dificuldade ou não possui conhecimentos para actuar nesses campos."


Vídeo em baixo - exemplo de um exame neurológico sumário (no âmbito do estágio de Neurologia, do Curso de Especialidade em Enfermagem de Reabilitação)


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Nota: saber mais em Association of Rehabilitation Nurses

sábado, fevereiro 20, 2010

A "prata da casa" não é melhor? (ou ninguém "vê" isso?)

(Na foto: à esquerda, Enf. Manuel Oliveira, Presidente da Secção Regional do Centro da OE; à direita, Enf. Maria Augusta de Sousa, Bastonária da OE)

Em Estremoz - e muito bem! - surgiu a 15º Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) que, para quem não sabe, é coordenada por um Enfermeiro (o que já foi repudiado pelo Sindicato dos Médicos). 

Relativamente a esta abertura, consta que a "UCC de Estremoz é composta por cinco enfermeiros, um médico, um nutricionista, um higienista oral, um psicólogo, um técnico de serviço social, um fisioterapeuta, um administrativo e um assistente operacional", o que vai ao encontro do que é referido no Decreto-Lei que as regulamenta: "a equipa de UCC é composta por Enfermeiros, assistentes sociais, médicos, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas da fala e outros profissionais consoante as necessidades e disponibilidade de recursos". 
A questão da constituição é orientada pelo respectivo quadro legal, mas fica a dúvida e a mágoa: onde se lê "psicólogos" não deveria ler-se "Enfermeiros especialistas em Saúde Mental", ou onde se lê "fisioterapeutas"  não deveria ler-se "Enfermeiros  Especialistas em Reabilitação"?


Para que queremos a "prata da casa"? 
No âmbito da missão das UCC's, os Enfermeiros especialistas não prestariam mais e melhores cuidados? 
Para que queremos Enfermeiros especialistas? 
Reivindicamos melhores rácios (para o desemprego), e quando há a oportunidade de, efectivamente, incrementar a disponibilização dos cuidados de Enfermagem... recrutamos fisioterapeutas e psicólogos? 
Fizemos ouvir a nossa voz quando os Enfermeiros de Reabilitação foram afastados das equipas de "Reabilitação Respiratória na Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica", e não fazemos agora? (Se calhar... já é tarde!)
Se nós não acreditamos nos especialistas da Enfermagem, quem vai acreditar?


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P.s. - Este tipo de problemas/situações passa à frente da nossa Bastonária e amigos, como um gato à frente de uma matilha. Todos olham, poucos não reparam, a maioria não gosta, mas ninguém faz nada!

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Quando só o governo não vê...


(Clicar em cada uma das colunas para ampliar e ler)

Conflitualidade no INEM - Ordem dos Enfermeiros solicita audiência ao Ministério da Saúde!



"A Ordem dos Enfermeiros solicitou uma audiência ao Ministério da Saúde na sequência de notícias vindas a público sobre a não resolução dos problemas vinculativos dos enfermeiros que trabalham no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), bem como sobre a falta de orçamentação de verbas, em 2010, para a formação desses mesmos enfermeiros.

A Ordem dos Enfermeiros considera que ambos os factos agudizam o clima de conflitualidade nesta área tão sensível da prestação de cuidados de saúde e colocam em causa o funcionamento de alguns meios de socorro, designadamente algumas SIV (ambulâncias de Suporte Imediato de Vida).

Na última reunião mantida sobre esta matéria entre a OE e o Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, realizada a 21 de Dezembro último, o Dr. Manuel Pizarro manifestou preocupação pela instabilidade que se vivia nesta área da Saúde. Nessa altura, o Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Saúde considerou que a perspectiva seria de incremento do número de enfermeiros vinculados ao INEM para fazer face à abertura de mais alguns meios operacionais, designadamente de helicópteros do INEM e SIV. Comprometeu-se ainda a intervir junto do INEM, no sentido de:

- clarificar alguns aspectos relacionados com protocolos que aquele instituto tem celebrado com corporações de bombeiros para o funcionamento de Postos de Emergência Médica, que incluem enfermeiros na sua composição;
- desbloquear a situação do concurso para admissão de enfermeiros iniciado pelo INEM em Março de 2009;
- solicitar que o Instituto forneça alguns dados sobre o funcionamento dos seus meios operacionais, os quais se comprometeu a remeter à Ordem dos Enfermeiros há cerca de dois anos.

Não se tendo concretizado nenhuma destas questões até à data, a OE não pode deixar de manifestar a sua profunda preocupação com o estado para o qual caminha a Emergência Pré-Hospitalar em Portugal e para o qual a actual Direcção do INEM muito tem contribuído, negativamente.link

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Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!