sábado, fevereiro 26, 2011

The very best: TAE's nos SUB's...!?


Como é conhecido, para os colegas que têm acompanhado de perto o desenvolvimento da reestruturação (ou lá como queiram apelidar) do sistema de emergência pré-hospitalar, existe um intenção por parte do INEM/Ministério da Saúde em articular o exercício dos Enfermeiros das SIV's com os Serviços de Urgência Básica, como forma de rentabilizar recursos e garantir experiência (ainda que os SUB's não sejam o destino mais "indicado" para um Enfermeiro de uma SIV).

O mais caricato é a proposta do INEM em integrar nesses serviços de urgência os "TAE [Técnicos de Emergência] nos SUB's para auxiliar os Enfermeiros"...

Considerando, pois, o ridículo da proposta, há que analisar e reflectir seriamente em certos aspectos... Que competências têm os TAE's para o exercício num SUB? Que enquadramento legal? As questões que se podem colocar são infindáveis. Tenho mesmo sérias dúvidas em rotular/classificar um TAE como profissional de saúde.

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Bastonária.. bestial.



A nossa disgníssima Bastonária foi convidada (desconheço as circunstâncias) para estar presente numa pequena rubrica da RTP Notícias denominada "Especial + Saúde" (quase que acertavam no seu nome de baptismo; de facto, mais valia o Enf. Jacinto Oliveira).
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Na (habitual) intervenção, lenta e arrastada, conseguir enquadrar o seu discurso em moldes tão inespecíficos, que o mesmo se poderia aplicar a um programa de culinária (salvo em um ou dois pormenores). Com frequência começava ideias sem um fio condutor ou uma lógica estruturada. Perdida no seu gaguejar característico, foi "marginalizada" pelos restantes intervenientes, que se mostraram bem mais entrosados. A falta crónica de objectividade tem o mesmo efeito que a cebola: faz chorar.
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É possível ver o vídeo na íntegra, aqui.
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Nota final: Umas das únicas vezes que Bastonária foi objectiva, aconteceu numa posição que tomou recentemente, relativa ao Modelo de Desenvolvimento Profissional ("internato" inerente), mas para pena da classe, incongruência não faltou. Ora afirma e defende uma perspectiva, ora, mediante a dose demagógica necessária, salta para o outro lado da lata de tinta, irradiando incoerência.

Especialidades para quê?



No dia 18 do mês do presente mês foram publicado em Diário da República os regulamentos das competências específicas para as várias especialidade da Enfermagem. Em primeiro lugar, importa referir que algumas foram extintas, outras criadas (ou reformuladas), sendo que parte das mesmas se mantiveram.
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Quanto a mim, tal como a contribuição que disponibilizei, não concordo com a estrutura e organização das mesmas. Estão edificadas sem uma linha dorsal que suporte a sua abrangência, determinadas focam a sua especificidade na pessoa, outras na área, numa tónica avulsa, despropositada. 
Não respondem às exigências na sociedade ou da crescente complexidade do sector, mas às vontades de um qualquer teórico descontextualizado. As lacunas são mais do que muitas, mas o aspecto mais negativo e nefasto, prende-se com o facto de, em pleno séc. XXI, as competências dos Enfermeiros especialistas se manterem (à semelhança do passado, ou atrofiarem até...). 
Em boa verdade, as competências de um especialista relativamente a um generalista não se consubstanciam em nada. Assentam num enquadramento vazio, sem perspectivas evolutivas, sem motivação para o desenvolvimento, sem estratégias ou skills de intervenção que permitam, objectivamente, dar resposta a necessidade, secundarizando o papel - scope - da Enfermagem.
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Enquanto assistimos a evoluir de outras profissões, ao ajustamento das suas competências às novas realidades, perspectiva-se um regredir de uma Enfermagem que, autonomamente, nada oferece ao cidadão, que se afasta cada vez mais da ciência, que cada vez mais deixa abrir brechas onde outros criam nichos assistenciais.
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Assim, terei de dar razão, ao poder de decisão, Administradores, Presidentes de Conselhos de Administração, etc, que indagam, cada vez mais frequentemente: "especialistas para quê?". "Nada mais oferecem. O que é que um especialista apresenta mais do que um graduado experiente?". 
Se ninguém sente a necessidade da sua existência (apenas e só mesmo os Enfermeiros), para que existem? Apenas uma ou duas especialidades é que acrescentam e materializam, efectivamente, uma diferenciação científica, técnica e funcional, relativamente à Enfermagem geral.
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Além da completa desarticulação das mesmas com a carreira (progressão e reconhecimento económico), parece-me que cada vez mais, a especialidade sem torna injustificável para o empregador. Existem, como devem saber, várias instituições que não albergam especialistas por decisão própria. Todavia, apesar da contra-argumentação, os números e os factos corroboram a sua posição. 
Na grande oportunidade de inverter a situação, nada se concretizou, nenhuma negociação com o Ministério da Saúde se encetou, nenhuma proposta de upgrade funcional, nenhuma vontade em evoluir foi manifestada. Uma lista considerável de possibilidade de êxito e incursão para Enfermeiros ficou pelo caminho.
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Parece-me que a continuar este rumo, nos afogamos num mar conceptual que teima em balizar o âmbito da Enfermagem, que parece estar a ser concebida não de acordo com os requisitos da ciência ou da sociedade, mas sob a capa da cumplicidade abstracta de quem se afasta da ciência e da coerência a passos preocupantes, fugindo incoerente e cegamente das ciências da vida.

ENQUADRAMENTO LEGAL

Regulamento que define o Perfil das Competências Comuns dos Enf. especialistas   (estabelece o quadro de conceitos aplicáveis na regulamentação das competências específicas para cada área de especialização em Enfermagem) link
(Regulamento n.º 122/2011. D.R. n.º 35, Série II de 2011-02-18)

Enf. especialista em Enfermagem em Pessoa em Situação Crítica link
Regulamento n.º 124/2011. D.R. n.º 35, Série II de 2011-02-18  

Enf. especialista em Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública link
Regulamento n.º 128/2011. D.R. n.º 35, Série II de 2011-02-18

Enf. especialista em Enfermagem de Reabilitação link
Regulamento n.º 125/2011. D.R. n.º 35, Série II de 2011- 02-18

Enf. especialista em Enfermagem de Saúde da Criança e do Jovem link
Regulamento n.º 123/2011. D.R. n.º 35, Série II de 2011-02-18

Enf. especialista em Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica link
Regulamento n.º 127/2011. D.R. n.º 35, Série II de 2011-02-18

Enf. especialista em Enfermagem de Saúde Mental link
Regulamento n.º 129/2011. D.R. n.º 35, Série II de 2011-02-18

Enf. especialista em Enfermagem em Saúde Familiar link
Regulamento n.º 126/2011. D.R. n.º 35, Série II de 2011-02-18

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Formação Março SE


quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Enfermagem cada vez mais pivô e moderna...

Porque que se deve apostar nos Enfermeiros para os cargos de gestão/decisão  (Enf. Germano Couto) link

O papel do Enfermeiro Especialista em Reabilitação (Enf. Belmiro Rocha) link

Novas tecnologias: smartphones ensinam futuros Enfermeiros link

Riscos.



"Médico e Enfermeiro da VMER gravemente feridos em acidente na A24" link



quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Copperfield em Braga...


"Novo hospital de Braga vai ter menos Médicos e Enfermeiros" link

terça-feira, fevereiro 15, 2011

46 milhões para estágio na Saúde...

"Enfermeiros: Obrigados a internato de 12 meses para entrar na profissão. Entidades que formam Enfermeiros dão parecer negativo a decreto-lei que pretende obrigar os licenciados a um internato após a conclusão do curso" link

As instituições que ministram o curso de Enfermagem, prevendo alterações no fluxo de alunos, assumem-se contra à criação do internato. Pretendem mesmo nivelar por baixo a qualidade e quantidade da formação. Que posição pobre!
Sem recorrer a discursos diplomáticos baseados numa falsa cortesia, não tenho pruridos em afirmar que, caso se fizesse uma séria limpeza nos corpos docentes dessas instituições, assentes no critério "qualidade, rigor e conhecimento", 50% do corpo nacional seria dispensado. Certas "Escolas" ficavam de corredores vazios...

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Inédito...


Unir, concertar, convergir esforços e vontades.
Enf. Germano Couto (uma vez mais!) juntou 18 associações representativas da Enfermagem (das supostas 24 existentes) e interviu nos pontos nevrálgicos da profissão (dotações; desemprego vs oferta formativa; qualidade e visibilidade dos cuidados, etc).
Indubitavelmente que a consecução dos objectivos da nossa classe para por este tipo de congregação de estratégias.
Uma nota final muito positiva relativa à crescente visibilidade conquistada para profissão (traduzida pelo aumento de registos na comunicação social) pela mão do Presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros, Enf. Germano Couto, tem vindo a impor! (link da nota do site da OE)

"A Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros e 18 associações de Enfermagem reuniram-se esta quinta-feira num encontro inédito, alertando para o défice de enfermeiros em exercício e a deficiente articulação entre mercado de trabalho e oferta formativa". link

sábado, fevereiro 05, 2011

Numerus clausus cor-de-rosa...

"Portugal não precisa nem de mais faculdades de medicina, nem de aumentar os numerus clausus defende José Manuel Silva, o novo bastonário da Ordem dos Médicos" link

"Portugal importa médicos mas poderá reduzir número de faculdades" link

"Deve haver um planeamento a médio longo prazo e um equilíbrio entre a oferta e a necessidade de médicos. E essas necessidades futuras já estão supridas por excesso com os actuais números clausus, portanto não se justificam, em defesa dos doentes, nem mais faculdades nem a abertura ou o aumento continuado de números clausus, pelo contrário, ele deve, no futuro ser reduzido" link

Esta discussão tem a sua quota de importância para os Enfermeiros, uma vez que encontra paralelo no contexto da Enfermagem.

É um argumento recorrente afirmar que o ensino privado não reúne condições para o ensino na Medicina. De facto, há uma grande resistência corporativa à abertura de novos cursos de Ciências Médicas.
O cerne da questão não está, pois, em "condições", mas sim no fenómeno de defesa de interesses (económicos, status, etc) da classe.
Analisando transversalmente a realidade de outros países, percebemos que a Medicina não se tornou numa excepção, tal como se pretende em Portugal, no que diz respeito à gestão de cursos no chamado "ensino superior".

É uma premissa verdadeira que o sector privado, comummente, não dispõe de um capital de recursos humanos qualificados nem de uma estrutura abrangente, como é a estatal. Com frequência, o objectivo institucional da obtenção de lucros sobrepõem-se ao rigor formativo. Portanto, uma fatia significativa da minha opinião recusa o ensino privado. Existem 3 sectores da sociedade que, na minha perspectiva, não são "privatizáveis" - Saúde, Ensino e Justiça.

Ao contrário de tudo o que diz respeito à abertura de cursos de Medicina, na Enfermagem não existiu tal grau de preocupação e exigência. Não foram considerados e/ou cumpridos critérios qualitativos ou quantitativos.
Alunos a mais, locais de estágio (ensino clínico) a menos, Professores mal preparados, vocacionados para um espectro muito reduzido na esfera da Enfermagem, acentuando a sobreposição, insistente, de matéria leccionada.
A adaptação dos currículos dos cursos de Enfermagem às necessidades dos Professores tornou-se outro problema. Assiste-se a uma inflexibilidade (e intolerância) no que diz respeito à moldagem da respectiva matéria às necessidades do contexto da saúde, do desenvolvimento do curso ou mesmo da evolução científica.

A Enfermagem não se desenvolve no mesmo tecido onde os outros se expandemO défice inflaccionário decorre da carestia formativa de que uma porção consideravel de Professores padecem, parecendo recusar-se assentar o seu trabalho numa matriz científica. Curiosamente, é um sinal de doença que se estende, também, ao ensino público.

Recordo-me claramente de um Professor Coordenador de uma instituição pública (Enfermagem), doutorado, que aberrantemente, de forma doentia, rejeitava a evidência científica e centrava a sua mira profissional na homeopatia, florais de bach, aromaterapia, entre outras. Revisando - ainda que grosseiramente - a literatura científica, podemos concluir inequivocamente acerca da dimensão da eficácia destas intervenções "alternativas". Os Enfermeiros são independentes na sua prescrição? Também o leitores da Revista Maria, ilusões à parte por favor.

Dissecando, longitudinalmente, a evolução dos tempos, percebemos que tudo o que se desvia do padrão de progressão científico, é marginalizado para posterior morte - teoria da evolução natural. Todavia, existem, também, Escolas de Enfermagem meritórias.
Voltando ao início para terminar, se está na altura de encerrar insituições de ensino da Medicina, ou numerus clausus, urge também encerrar escolas e vagas no que saturado curso de Enfermagem, sem qualquer correspondência no mercado de trabalho. 
Mesmo executando um suposto encerramento já hoje, o efeito nurse-boom ainda perdurará por vários anos...







quinta-feira, fevereiro 03, 2011

8 euros a voar...

Foi recentemente aprovado, em Assembleia Geral da Ordem dos Enfermeiros, o aumento de quotas, para o valor de 10 euros mensais, de forma faseada, até 2014. Para 2011 vigorará o valor de 8 euros. Os tempos são conturbados - difíceis - e a contenção imensa.

Uma delegação de 3 pessoas da Ordem dos Enfermeiros vai, amanhã, 3 de Fevereiro, lançar o  "Projecto Biblioteca Móvel em Português" (...) em Díli, Timor-Leste(...). Com a chegada a este longínquo país asiático com longos laços de ligação com Portugal, os objectivos traçados pela Ordem dos Enfermeiros ficam, assim, concretizados" link.
Só a deslocação da comitiva custa ao "ricos" Enfermeiros portugueses cerca de 11,500 euros (mais 3 bibliotecas móveis de 3000 euros cada!).

Quando aqui, com os nossos mais-do-que-muitos problemas, se esperava o investimento e esforço da Ordem dos Enfermeiros, o dinheiro voa para Timor.
É sem dúvida um projecto louvável, mas... porque é que tem de ser o nosso dinheiro esbanjado. Este tipo de responsabilidade é da incumbência de outras entidades e organizações.
Quando, por terras lusas, o desemprego granjeia exponencialmente, e o sacrifico é um vocábulo do quotidiano, não é de bom tom consumir dinheiro desta forma.
Só no próximo mês, a quota de quase cerca de 1500 Enfermeiros será destinada ao pagamento da referida deslocação...

Alfândega da Fé contrata Enfermeiros para prevenção... nos Bombeiros.

"Alguns dos oito autarcas cujos municípios perderam, anteontem à noite, serviço de urgência nocturna dos SAP, queixam-se de que não têm meios alternativos. 

Em Alfândega da Fé, Berta Nunes (...) a presidente da Câmara, Berta Nunes, já encontrou uma solução para minimizar a perda, decidindo-se pela contratação de Enfermeiros para ficarem de prevenção no quartel dos bombeiros à noite, e assim poderem ver quem precisa de ser encaminhado para as Urgências hospitalares e, até, para se deslocarem a casa dos doentes sempre que se justifique." link

Berta Nunes... curioso. De qualquer modo, o excesso de profissionais de Enfermeiros no mercado cuja procura se tem revelado baixa, dá origem a situações como esta, onde os Enfermeiros servem como trapos de arremesso político. Contrata para ali, dispõe para acolá,  reconverte para isto, envia para aquilo, etc.

Boas iniciativas, com visibilidade...



"Projecto desenvolvidos por Enfermeiros baixa hipertensão num terço em quatro meses" link

"Segundo revelou hoje à agência Lusa Raquel Vieira, porta-voz do grupo de alunos do curso de pós licenciatura de especialização em Enfermagem Comunitária da Escola de Enfermagem de Ponta Delgada que promoveu a intervenção, o projecto traduziu-se também num recuo em 42 por cento da taxa de diabetes."

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Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!