domingo, julho 13, 2014

Mais 80 a favor do SNS!



segunda-feira, julho 07, 2014

Bastonário dos Médicos a nú!

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Este magnífico artigo do José Manuel Fernandes (jornalista, ex-Director do Jornal Público) desmitifica aquelas trivialidades banais (passo a redundância) que se afirmam ou escrevem. 
Se o lerem encontrarão exactamente os argumentos e raciocínios que tantas vezes escrevi aqui neste blog, e servem, também, para recordar que devemos dar primazia às nossas capacidades críticas. Em cima encontrão o link para quem o desejar ler na íntegra (o que aconselho sobejamente!), mas não posso escusar a publicar alguns excertos:
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"José Manuel Silva, o bastonário da Ordem dos Médicos, está sempre zangado, quase sempre indignado e também ele já nos anunciou tantas vezes que o Serviço Nacional de Saúde estava em vias de acabar que só esperamos que seja mais certeiro quando faz o diagnóstico dos seus doentes. Porque nem o SNS acabou, nem vai acabar, mesmo que ele faça coro com um outro sindicalista eterno, também ele Mário, o Mário Jorge Neves da FNAM, o sindicato médico próximo da CGTP. Também ele anda a dizer o mesmo há pelo menos 12 anos, tantos quantos há de arquivo na internet de comunicados dessa federação sindical – é só consultar."
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"Nos próximos dias 8 e 9 o José Manuel e o Mário Jorge vão estar juntos, e de braço dado, numa greve médica. Só que desta vez a greve não é unânime: o outro sindicato, o SIM, não aderiu. E explica porquê: “não se furta nem se furtará ao trabalho negocial, por menos visível e fotogénico que seja, por mais dissonante da política geral que possa parecer, mas passível de dar frutos”"
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"Se lermos o comunicado que emitiram esta semana a apelar à greve e à manifestação encontraremos uma diatribe contra tudo e contra todos, escrita num tom exaltado e desequilibrado e que arranca logo considerando que o SNS se degradou “muito mais do que outros sectores da governação”, e tudo “por mera opção política”. Isso mesmo: há uns facínoras no Governo que só querem mal aos médicos e aos doentes, “por opção política”."
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"Este retrato da Ordem não casa bem com a realidade. Basta olhar para alguns números. Em 2013 a taxa de mortalidade infantil desceu, o mesmo sucedendo com as taxas de mortalidade perinatal e neonatal, tudo indicadores seguros de que não há degradação dos cuidados de saúde, pelo contrário. Ao mesmo tempo, em 2012, a esperança de vida dos portugueses, calculada pelo INE, voltou a subir, pelo que parece que o ministro não anda por aí a matar velinhos. Mas há mais: registou-se nos últimos anos uma diminuição do tempo de espera para cirurgias em geral e realizou-se o maior número de sempre de transplantes pulmonares e cardíacos, só para referir duas frentes de actividade do SNS."
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"Há no entanto uma passagem no comunicado que é muito reveladora sobre as preocupações da Ordem. Escreve-se aí: “o Ministério tem patrocinado uma intensa campanha contra a dignidade de todos os médicos, usando os casos de alguns, que devem ser exemplarmente punidos, com notícias repetidamente transmitidas na comunicação social”. Eu traduzo: a Ordem está incomodada por terem sido apanhados médicos nas operações de combate à fraude no SNS."
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"Se da FNAM apenas se pode esperar o que se espera de um sindicato com uma orientação na linha da da CGTP, já relativamente à Ordem dos Médicos a expectativa era outra. De facto tempos houve em que o lugar de bastonário foi ocupado por figuras de referência não apenas da sua profissão, mas da sociedade portuguesa. Gente que tinha o seu próprio pensamento, gente vinda de áreas muito diferentes do ponto de vista ideológico, mas gente que sabia o lugar onde estava e conhecia as suas responsabilidades perante os médicos e perante o país. Não é isso que sucede nos dias que correm, e infelizmente não é só entre os médicos que se degradou a imagem do bastonário – basta pensarmos também na Ordem dos Advogados."
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"Não se espera de um bastonário que seja mais um líder sindical (...). Afinal a Ordem dos Médicos tem poderes delegados pelo Estado para certificar os seus profissionais, razão por que ninguém pode ser médico sem pertencer à sua Ordem."
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"Uma Ordem devia ser um lugar sereno e um bastonário alguém que se escuta com atenção porque tem coisas importantes a dizer – não alguém que exorta todos os médicos a “suspenderem a colaboração com o Ministério da Saúde, ACSS, ARS, DGS, Infarmed, Hospitais e ACES, bem como de quaisquer outros Grupos de Trabalho”. Como se pode escrever isto e, ao mesmo tempo, considerar que a Ordem é um “provedor do doente” e está a defender o SNS ultrapassa a minha compreensão."
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"A “defesa do SNS” não passa do manto usado para cobrir matérias puramente corporativas."
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"(...) degradação perceptível nas tomadas de posição da sua Ordem e do seu bastonário."

quarta-feira, julho 02, 2014

O temível ante-projecto da "lei da rolha" está disponível para consulta!

("O grito"; Edvard Munch)
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Podem consultar e contribuir, aqui.
Sobre esta matéria, o Bastonário da Ordem dos Enfermeiros também tornou pública a sua opinião (Diário de Notícias):
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(Clicar para ampliar e ler)

Sucessões de títulos jornalísticos (interessantes).


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Sem comentários adicionais. Quem presumir que o último "título" é a conclusão, está acompanhado pela razão.

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Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!